
Até por ser o integrante do PSB com cargo mais importante no estado, o comando nacional do partido não tem dúvidas quanto a lançar Lacerda, caso o prefeito aceite e o partido confirme palanque próprio no estado. “É o nome mais representativo que temos em Minas Gerais. O PSB ainda não decidiu se terá candidato ou se apoiará um aliado. Se tivermos um candidato próprio, seria melhor”, argumenta Carlos Siqueira. O primeiro secretário, porém, nega a intenção de conseguir resposta rápida de Lacerda. “Não vamos discutir isso agora. É uma decisão pessoal e intransferível. É preciso deixar o prefeito à vontade”, garante, repetindo o discurso do próprio Lacerda.
Ala do PSB no estado acredita até mesmo que Lacerda poderá ser o candidato a contar com o apoio do PSDB ao governo de Minas. As relações entre o prefeito e os tucanos estão estremecidas desde as eleições municipais do ano passado. O PSDB apoiou a reeleição de Lacerda na disputa pelo governo municipal contra Patrus Ananias (PT). No entanto, o prefeito vetou indicações para cargos, principalmente na área de obras, feitas pelo principal cacique dos tucanos em Minas, o senador Aécio Neves. Um integrante do PSB no estado diz que a situação, em caso de aliança com o PSDB, não se repetirá. “Quando é combinado, não tem o menor problema”, diz. Uma possível candidatura de Lacerda ajudaria ainda o partido no plano nacional, caso se confirme a candidatura do governador Eduardo Campos à Presidência da República.
A viagem de Siqueira a Belo Horizonte servirá ainda para discussão de formação de chapas para candidaturas à Assembleia Legislativa e ao Congresso Nacional. No PSB municipal a expectativa é em relação a uma possível filiação do presidente do Clube Atlético Mineiro, Alexandre Kalil, que se candidataria a deputado federal ou até mesmo ao Senado.
