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Estado de Minas

Mesmo com absolvição de PMs, mistério continua no caso PC Farias


postado em 12/05/2013 00:12 / atualizado em 12/05/2013 08:20

Mesmo com o fim do julgamento do assassinato de Paulo César Farias – tesoureiro do ex-presidente Fernando Collor de Mello – e da namorada dele à época do crime, Suzana Marcolino, mortos em 23 de junho de 1996, o mistério permanece. Na noite de sexta-feira, após sete dias de trabalhos, o júri considerou inocentes os quatro policiais militares que faziam a segurança de PC Farias, refutou a hipótese de crime passional e reconheceu que houve um duplo homicídio. Mas a pergunta sobre quem matou o casal não foi respondida.

O promotor responsável pelo caso, Marcos Mousinho, ainda não sabe se recorrerá da sentença. Ele reconheceu que a condenação dos PMs, que atuavam à época como seguranças de PC, era improvável porque o Ministério Público não conseguiu provar o que cada um teria feito – eles eram acusados por omissão. “O ponto mais importante foi a comprovação de que PC e Suzana foram assassinados. Por isso estou inclinado a não recorrer, até porque o recurso é um risco e tenho receio do resultado retroceder.”

Segundo a advogada criminalista Fernanda Tortima, o caso só será solucionado se surgirem novas provas que motivem a abertura de outro inquérito. “Acredito que seja muito difícil, depois de tantos anos, aparecer uma testemunha. Mas se não surgirem novas provas, o caso será encerrado”, explica.

O inquérito está aberto para recurso, e essa é outra opção para as investigações continuarem. “Se o promotor tiver provas muito fortes, ele pode conseguir anular o julgamento”, esclarece a advogada. O promotor sustenta que os PMs Adeildo Costa dos Santos, Reinaldo Correia de Lima Filho, Josemar Faustino dos Santos e José Geraldo da Silva poderiam ter evitado o crime, mas preferiram “acobertar alguém”.

Alívio

Irmã de Suzana, Anna Luiza Marcolino disse que a família está "aliviada" pela derrubada da tese de crime passional – Suzana teria matado PC e se suicidado porque ele ameaçava terminar a relação. “Nunca acreditamos na tese de que Suzana se suicidou. Se a Justiça e a polícia quiserem continuar apurando, que façam, mas estamos agora tranquilos porque o Brasil inteiro sabe que não foi daquele jeito”, afirmou. Em 1996, quando mortos, PC Farias tinha 50 anos, e Suzana, 28. Eles foram encontrados com um tiro cada, na cama, na casa de praia do empresário, em Maceió.


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