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Estado de Minas

Tucanos e petistas trocam acusações em busca de apoio dos prefeitos de Minas


postado em 29/04/2013 00:12 / atualizado em 29/04/2013 07:37

Com cerca de 500 prefeituras comandadas por prefeitos de partidos aliados ao governador Antonio Anastasia (PSDB) no plano estadual e à presidente Dilma Rousseff (PT) no federal, tucanos e petistas travam uma verdadeira batalha pelo apoio da maioria dos 853 municípios mineiros. A movimentação das principais lideranças de ambos os partidos demonstra que eles estão dispostos a gastar mais do que sola de sapato para atrair os cabos eleitorais mais próximos da população. Cientes do seu poder de fogo, os prefeitos aproveitam o momento para conseguir recursos, mas trabalham para emplacar soluções definitivas que lhes tragam mais autonomia de gestão.

Junto com o DEM, seu principal aliado, o PSDB tem 204 prefeitos eleitos em 2012, enquanto PT e PCdoB somaram 121. Tucanos e petistas, no entanto, garantem que terão apoio da maioria dos prefeitos pelo estado. Os dois lados acusam o adversário de estar usando as obras para encenar uma parceria com finalidade apenas eleitoral. Os dois lados negam estar fazendo isso.

Segundo o presidente do PT de Minas Gerais, deputado federal Reginaldo Lopes, o governo mineiro está correndo para recuperar o prejuízo. “O estado, tanto na campanha de 2010 como agora, aparelha os municípios com relações políticas. O governo não pagou a restituição da perda do ICMS aos prefeitos de oposição”, afirmou. O presidente do PSDB mineiro, deputado federal Marcus Pestana, rebateu, dizendo que os prefeitos do PT são testemunhas da relação republicana com a gestão tucana. “Demonstramos o enorme passivo que o governo federal tem com Minas. Gostaríamos que a presidente Dilma viesse não vestida com camisa vermelha e estrelinha no peito, mas como presidente para inaugurar a BR 381, devolver as fábricas de acrílico e da Fiat para o estado e entregar o contorno rodoviário na Região Metropolitana de BH, mas nada disso sai do papel”, afirmou.

Segundo Reginaldo Lopes, Anastasia busca retomar espaço por estar “muito distante” do governo Dilma. “É patrol, retroescavadeira, caminhão-caçamba, creches, ônibus escolares, postos de saúde, tudo que o governo federal faz há muito mais tempo. Só estamos divulgando mais agora, aprendemos a fazer isso com o PSDB”, disse. Pestana afirma que o estado está cumprindo seu papel no modelo de federação e lembra que o municipalismo é bandeira do senador Aécio Neves. “O papel do governo federal não é ficar dando trator e ambulância em um país de dimensão continental, é preciso fortalecer os municípios, mas enfim, cada um está cumprindo seu papel”, disse.

Maiorias


Segundo o presidente do PSDB, passada a convenção do partido, realizada no fim de semana, o trabalho será voltado para estruturar um movimento suprapartidário e garantir a participação da base na campanha de 2014. “A maioria esmagadora dos municípios é da nossa base aliada, fizemos mais de 80% dos prefeitos ligados a esse projeto liderado por Aécio e Anastasia, então acreditamos que em 2014 eles estarão conosco”, afirmou. Para Reginaldo Lopes, o PT tem a maioria das prefeituras em número de eleitorado. “Daqui até a eleição, o que o Palácio vai ver é cada vez mais um esvaziamento de sua base. Há uma insatisfação enorme, não foi à toa que fizeram a distribuição de recursos. Vamos trabalhar para convencer a ampla maioria a apoiar nosso projeto”, afirmou.

Para o presidente da Associação Mineira de Municípios, Ângelo Roncalli, os prefeitos são peça importante nas eleições de 2014 e, nessa condição, devem aproveitar o momento para pleitear de forma definitiva a revisão do pacto federativo. “Somos favoráveis ao controle externo, Lei de Responsabilidade Fiscal, boa gestão, mas queremos ter a condição de fazer e só teremos a partir momento em que aproximarmos os problemas dos recursos”, afirmou.


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