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Estado de Minas

Dilma oferece agrado ao PMDB visando reeleição em 2014

A presidente Dilma Rousseff participa hoje da convenção nacional peemedebista para reforçar a parceria da legenda com o PT, apesar do racha na aliança no Rio de Janeiro


postado em 02/03/2013 06:00 / atualizado em 02/03/2013 07:04

Dilma abriu espaço para o PMDB e cumpriu agenda oficial nessa sexta-feira no RJ: inauguração de hospital e de uma fábrica de estruturas metálicas da Marinha, em Itaguaí(foto: Roberto Stuckert Filho/Reuters)
Dilma abriu espaço para o PMDB e cumpriu agenda oficial nessa sexta-feira no RJ: inauguração de hospital e de uma fábrica de estruturas metálicas da Marinha, em Itaguaí (foto: Roberto Stuckert Filho/Reuters)


A presidente Dilma Rousseff encerra neste sábado, na convenção nacional do PMDB, no Centro de Convenções Brasil XXI, a semana na qual deixou claro que o partido estará ao seu lado na chapa presidencial de 2014. Dilma chegará ao local do evento por volta das 11h e deverá celebrar a parceria com o principal aliado em seus dois primeiros anos de mandato. O presidente do PT, Rui Falcão, também participa da festa – que elegerá o vice-presidente Michel Temer para presidir o partido por dois anos – e será portador de uma carta de Luiz Inácio Lula da Silva ressaltando a importância da parceria.

Em uma semana em que foi intensa a movimentação dos principais presidenciáveis de 2014, Dilma abriu um espaço privilegiado para o PMDB em sua agenda. Ontem, véspera da convenção, esteve em Itaguaí (RJ) na inauguração da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (Ufem) da Marinha, ao lado do governador Sérgio Cabral e do vice-governador Luiz Fernando Pezão. Esse último será o candidato do PMDB à sucessão de Cabral, em uma disputa com o senador Lindbergh Farias (PT).

Dilma foi extremamente carinhosa com o vice-governador do Rio, citando-o duas vezes no discurso, sempre com a expressão “meu querido Pezão”. “Com a recuperação da Nuclep (Nuclebrás Equipamentos Pesados, empresa vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia), foi possível construir aqui em Itaguaí com toda a infraestrutura, com mãos e cérebros brasileiros, com a ajuda do governo do estado, com Cabral e Pezão, todo esse empreendimento, que é fundamental para a defesa do país”, disse Dilma Rousseff. A Ufem terá capacidade para construir o primeiro submarino nuclear brasileiro.

O PMDB está realmente disposto a não constranger Dilma no evento de hoje. Pora isso, a moção assinada pelo presidente do diretório fluminense do PMDB, Jorge Piciani (RJ), criticando as movimentações do PT do Rio de Janeiro, só será lida na parte da tarde, quando a presidente já tiver deixado o local do evento. A nota oficial afirma que se o PT insistir em lançar a candidatura do senador Lindbergh Farias para o governo estadual não haverá garantias quanto à presença do PMDB local no palanque da presidente em 2014.

A redação da nota contou com o apoio do governador do Rio, Sérgio Cabral, do prefeito da capital, Eduardo Paes, e foi comunicada ao próprio Temer. Para não contaminar o evento nacional com questões locais, a organização da convenção deixou para o fim da tarde todas as moções e notas dos diretórios estaduais. “O clima é de paz e de tranquilidade. Reduzimos também o estoque de pimenta e azeite de dendê da filial baiana do PMDB”, provocou um integrante da cúpula partidária.

O PT do Rio, por outro lado, elevou o tom. Enquanto a presidente participava da cerimônia com Pezão e Cabral, Lindbergh organizava uma caravana por Japeri, na Baixada Fluminense, e assegurou que disputará o governo estadual no ano que vem. Para evitar constrangimentos para a presidente, ele pediu ao ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que comunicasse sua ausência em Itaguaí. E garantiu que Lula, ao contrário do que espera Cabral, não vai interferir na decisão do PT do Rio de ter candidato próprio. “Sabe qual é a chance de o Lula pedir para eu tirar a minha candidatura? É zero!” reforçou.

Praticamente confirmado na chapa de Dilma, o partido é cauteloso até mesmo na reivindicação por mais espaços na administração federal. Na semana que passou, especulou-se a possibilidade de o PMDB de Minas – mais precisamente o deputado federal Leonardo Quintão – assumir o Ministério dos Transportes. O Estado de Minas apurou que os próprios peemedebistas acham utópica essa ideia e já teriam sido sondados para ocupar a Secretária Nacional de Aviação Civil, no lugar do ex-diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) Wagner Bittencourt.

Entusiasta da entrada do PMDB mineiro na Esplanada, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, defende apenas que o escolhido seja o presidente estadual do PMDB, Antônio Andrade, e não Quintão. Teme que deputado federal seja candidato ao governo de Minas em 2014, cargo que deverá ser disputado por Pimentel.


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