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Estado de Minas

Encerrado o carnaval, partidos voltam a disputar espaço na Prefeitura de BH

Legendas que apoiaram reeleição de Lacerda agora cobram a fatura e reivindicam postos importantes no Executivo. Tucanos querem preencher vácuo deixado com a saída do PT


postado em 14/02/2013 06:00 / atualizado em 14/02/2013 07:00

Encerrado o carnaval, foi dada a largada para as definições na Prefeitura de Belo Horizonte, segundo prazo anunciado pelo prefeito Marcio Lacerda (PSB). O PSDB é, entre os 19 partidos da coligação, aquele com o maior peso político, reivindicando ocupar o espaço que julga ser compatível com a sua participação na eleição do ano passado. Os tucanos pleiteiam a manutenção dos postos que hoje ocupam – BHtrans, as regionais Pampulha e Barreiro, e as secretarias de Saúde, Esporte e Lazer, além de novas posições na área social, como a Secretaria de Políticas Sociais. Está em negociação com Lacerda a presença tucana em outras áreas, como a Urbel, a Belotur, a Prodabel e a Sudecap. Na segunda-feira, o presidente do PSDB em Minas, Marcus Pestana, se sentará novamente com o prefeito para algumas definições.


O PPS quer a Secretaria de Educação, para a qual seria nomeado o vereador Ronaldo Gontijo, abrindo o caminho da Câmara Municipal para a primeira suplente, a ex-vereadora Sílvia Helena. Também o PV, representado na chapa vitoriosa pelo vice, Délio Malheiros, pleiteia a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e uma regional. O PSB, de Marcio Lacerda, também coloca as cartas na mesa. De acordo com o presidente municipal, João Marcos Grossi, o partido quer manter as posições que ocupa – as secretarias de Assuntos Institucionais e de Serviços Urbanos e a Regional Leste – e ampliar a influência para uma secretaria da área social e duas outras regionais.

 Estão em jogo 12 pastas, 23 secretarias adjuntas – algumas, como a de Orçamento e Informação, têm quatro subpastas – , nove administrações regionais e os respectivos adjuntos. O primeiro novo nome anunciado foi o de um técnico, sem vinculações partidárias: o consultor de empresas Leonardo Pessoa Paolucci para a Secretaria de Planejamento, Orçamento e Informação, pasta que era comandada pelo PT. Avesso a pressões, Lacerda vem cozinhando as indicações, avaliando o perfil para cada cargo e tomando o seu tempo antes das definições. O novo secretariado deverá refletir não apenas capacidade técnica, mas, sobretudo, às vésperas das eleições de 2014, o rol dos apoios políticos e alianças que se consolidam no estado e terão reflexo na disputa ao Palácio Tiradentes e mesmo no posicionamento das legendas em Minas para as eleições presidenciais.

“O PSDB tem interlocução diferenciada com Marcio Lacerda e não vai fazer pressões de qualquer tipo”, afirma Marcus Pestana, que representa o partido nas negociações. Até agora, Lacerda e Pestana se reuniram duas vezes com o governador Antonio Anastasia e com o senador Aécio Neves. “Estamos mapeando várias hipóteses em comum acordo, que estão amadurecendo”, considera Pestana, em referência ao fato de o PSDB pretender ampliar espaços na área social, como a Secretaria de Políticas Sociais, mas também participar, mesmo sem indicar o secretário, de pastas como a Secretaria de Obras e Infraestrutura e da Sudecap.

Mais contundente, entretanto, o presidente municipal do PSDB, João Leite, enumera um conjunto de áreas que o PSDB considera importantes. Depois de defender a manutenção dos postos que já ocupa na administração, João Leite afirma: “A Urbel, a Sudecap e a Secretaria de Obras e Infraestrutura são pastas importantes porque o estado está à frente de várias obras para a Copa na capital”, diz João Leite. Segundo ele, o partido também espera indicar nomes para a Prodabel e para as regionais Venda Nova e Nordeste. “Queremos espaço compatível com a nossa participação na campanha”, reivindica.

Planos

Vice na chapa majoritária de Marcio Lacerda, o PV prepara o seu plano A e o seu plano B nas negociações com o prefeito. A legenda ocupa hoje interinamente a Secretaria de Meio Ambiente, com Vasco Araújo. Os verdes reivindicam a manutenção do atual secretário, posto que é desejado também pelos integrantes do Projeto Manuelzão. O PV também quer uma administração regional. Se não conseguirem manter a pasta de sua preferência, os verdes vão insistir na Secretaria Adjunta de Meio Ambiente, e pedir a Secretaria de Políticas Sociais, além de uma regional.

Entre os principais partidos que apoiaram a eleição de Lacerda, apenas um, o PSD, está fora do jogo da composição política do segundo mandato do socialista. Rachada no pleito do ano passado, foi só na Justiça Eleitoral que parte do partido comandada pelo secretário de Gestão Metropolitana, Alexandre Silveira, entregou para Marcio Lacerda o seu tempo de TV. O presidente Paulo Simão, que apoiou Patrus Ananias (PT), assinala: “Nem passa pela cabeça do PSD ocupar qualquer cargo na PBH”. Segundo ele, o PSD tem uma posição política clara no cenário nacional. “Estamos reformulando tudo e sob a ótica das eleições de 2014 vamos buscar unidade de pensamento, dentro da perspectiva de composição com a presidente Dilma”, disse.

 


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