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Estado de Minas

Governador de Santa Catarina admite receber reforço para conter violência no estado


postado em 13/02/2013 06:00 / atualizado em 13/02/2013 07:29


Brasília –
Diante da intensidade da onda de atentados em Santa Catarina, que já contabiliza mais 94 nos últimos 15 dias, o governador do estado, Raimundo Colombo, passou a admitir necessidade de recorrer ao auxílio da Força Nacional de Segurança (FNS), que foi oferecido na semana passada pelo Ministério da Justiça. “É uma decisão técnica. A Força Nacional de Segurança será utilizada, se for o caso, em atuações específicas”, afirmou o governador em entrevista ao jornal Diário Catarinense.

No dia 6, o governador havia descartado o uso da Força Nacional depois de se reunir com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Os atentados, contudo, aumentaram o tom de afronta ao governo nos últimos dias. Um automóvel foi queimado em Florianópolis dentro do estacionamento do complexo administrativo onde despacha Colombo.

A ação foi entendida como uma provocação das facções criminosas do estado ao chefe do poder público catarinense. “A resposta é aumentar ainda mais o combate ao crime”, disse o governador. “Estamos dando a resposta e vamos continuar com vigor, independentemente de onde eles tiverem atacando.”

Na madrugada da terça-feira, foram registradas três ocorrências nos municípios de Chapecó, Tubarão e Imbituba, totalizando 94 ataques notificados em 29 cidades catarinenses. Um veículo particular foi queimado em Chapecó. Também foi incendiada uma viatura da Guarda Municipal no município de Tubarão. Em Imbituba, homens passaram em frente ao fórum e atiraram uma pedra embrulhada em uma sacola plástica com um bilhete contendo uma ameaça de incêndio ao prédio. A segurança no local foi reforçada.

Reação organizada

Especialistas da segurança pública estadual têm atribuído os ataques a uma reação contra a transferência de detentos do sistema prisional de Santa Catarina e a episódios de maus-tratos ocorridos na penitenciária de Joinville. Cenas de vídeo mostrando episódios de tortura contra um grupo de cerca de 70 presos do complexo, gravadas em 18 de janeiro, podem estar relacionadas aos atentados, que são atribuídos a líderes do Primeiro Grupo Catarinense (PGC), organização criminosa comandada por detentos do sistema prisional do estado. A facção criminosa segue o modelo do Primeiro Comando da Capital (PCC) e usa supostos abusos de direitos humanos cometidos dentro dos presídios como motivador dos ataques.

O vídeo, divulgado no início deste mês, mostra evidências de maus-tratos ocorridos durante uma operação pente-fino com a participação de 14 agentes do Departamento de Administração Prisional (Deap). Nas imagens, presos aparecem sendo conduzidos para uma sala do pavilhão 4 do presídio de Joinville. Alguns detentos foram atingidos nas costas por disparos à queima-roupa de balas de borracha. Agentes teriam detonado bombas de efeito moral contra os presos e utilizado gás de pimenta na ação. Em novembro do ano passado, denúncias de tortura dentro da penitenciária de São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis, provocaram outra onda de atentados, com 60 ocorrências em todo o estado.

 


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