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Estado de Minas

Prefeitura de Três Marias tem dívida seis vezes superior à arrecadação do município

Três Marias tem arrecadação bruta de R$ 5 milhões e uma dívida de 30 milhões. Se eu fechasse tudo da prefeitura, parasse todos os serviços para quitar as dívidas, ficaria seis meses para fazer isso%u201D, afirma o prefeito da cidade


postado em 28/01/2013 07:11 / atualizado em 28/01/2013 12:03

Se todos os cidadãos de Três Marias, na Região Central do estado, assumissem uma porção igual da atual dívida do município, o valor que cada um dos 27 mil habitantes da cidade teria que pagar seria superior a R$ 1,1 mil. Segundo o novo prefeito da cidade, Vicente Resende (PMDB), a prefeitura herdou um débito interno de R$ 19,2 milhões da última gestão e outro de R$ 11,2 milhões com o hospital regional, que é mantido pelo município. “Três Marias tem arrecadação bruta de R$ 5 milhões e uma dívida de 30 milhões. Se eu fechasse tudo da prefeitura, parasse todos os serviços para quitar as dívidas, ficaria seis meses para fazer isso”, afirma ele, preocupado.

O prefeito estima que 1 mil funcionários públicos estejam sem receber seus salários relativos a dezembro, entre eles os do hospital, que não receberam nem o 13º salário. Vicente acrescenta que os aposentados ainda não viram a cor de seus pagamentos. Ele conta também que na quinta-feira anunciou na rádio local que as compras da prefeitura feitas em sua gestão serão honradas, mas para conseguir pagar o montante devido aos credores por contratos feitos pelo prefeito anterior, ele apela para Deus. “Agora aqui tudo tem que ter Deus, viu? A situação está muito complicada”, afirma, sem perder o bom humor.

Outra preocupação imediata é com o começo do calendário escolar na zona rural: “Não temos nenhuma patrol funcionando. As estradas estão muito ruins, estou rezando para que faça alguns dias de sol para que possamos deixá-las pelo menos transitáveis. Caso contrário muitos alunos não poderão assistir às aulas”, alerta. Sobre a gestão anterior, ele reclama: “Parece-me que os gestores do interior não estão fazendo absolutamente nada dentro da lei. No final de dezembro, ele (o ex-prefeito) entregou um contracheque aos funcionários e eles foram para o banco e o supermercado gastar e não tinha dinheiro nenhum na conta. Veja só!”

CHORADEIRA GERAL Em todo o estado, novos prefeitos choram dívidas herdadas de gestões passadas. O Estado de Minas já noticiou situações complicadas em Santa Luzia, na Grande Belo Horizonte, onde o prefeito fechou a prefeitura por 15 dias, e em Matozinhos, também na Região Metropolitana de BH, onde a coleta de lixo chegou a ser interrompida em Matozinhos, a poucos dias do prefeito entregar o cargo ao sucessor. No Vale do Jequitinhonha, Diamantina também sofre com débitos e a crise pode afetar inclusive o tradicional carnaval. Em Nova Morada de Minas, na Região Central, o prefeito terá de administrar uma dívida de R$ 6,2 mi. Ressaquinha, na mesma região, deve mais de R$ 3 milhões. O prefeito de Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas, Jefferson Gonçalves (PR), cancelou o carnaval para cortar gastos.


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