
Ainda na mensagem, Heloísa Helena afirma que Marina esteve resistente a ideia de criar a nova sigla, mas após conversas com grupos sociais resolveu investir na empreitada. “Tomara sejamos capazes de ajudá-la, pois o tempo é muito pequeno para tarefa tão complexa e grandiosa - e sempre é mais fácil o oportunismo vulgar dos que preferem o parasitismo político das estruturas prontas - mas não será a primeira vez que enfrentaremos os áridos Campos de Batalhas Honradas tentando semear Esperanças e corajosamente Lutando por novos e melhores Caminhos para nosso Brasil”, ressaltou.
Desde meados do ano passado, Marina tem intensificado os contatos com lideranças políticas que vão desde integrantes do PSOL até o PSDB. Além de Heloísa Helena, do PSOL, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), também sondado, declinou do convite: seu projeto é ser, igualmente, candidato à presidência em 2014. Nomes como o do deputado Walter Feldman (SP), que ameaçou deixar o PSDB e admitia a possibilidade de aderir ao PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab, são dados como certos no novo partido. Sem espaço no PT do Rio de Janeiro, o deputado Alessandro Molon é outro alvo de Marina Silva. Ele quer ser candidato a prefeito, em 2016, e teme mais uma vez ser alijado do processo, com ocorreu no ano passado. Os deputados Reguffe (PDT-DF) e Domingos Dutra (PT-MA), também estariam sendo sondados.
A ex-senadora terá, no entanto, de correr contra o tempo para viabilizar a nova sigla até o final setembro, prazo fatal para que possa se candidatar nas eleições de outubro de 2014. Além disso, ela terá de superar obstáculos como o projeto de lei em tramitação no Congresso que impede que novos partidos tenham acesso pleno ao dinheiro do fundo partidário e ao tempo na propaganda eleitoral de rádio e TV, antes de disputarem uma eleição.
Com Agência
