Brasília – A Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu nesta segunda-feira ampliar a investigação sobre a conduta do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, no uso de um avião fretado pelo empresário João Dória Júnior, para participar de encontro empresarial na Itália, em outubro do ano passado.
O presidente interino da comissão, Américo Lacombe, que assumiu hoje após a renúncia de Sepúlveda Pertence, disse que vai pedir explicações a João Dória, que cedeu o jatinho para que Pimentel chegasse ao encontro de empresários em Roma.
O empresário não tem obrigação legal de responder os questionamentos da comissão, mas Lacombe acredita na colaboração dele com o processo. Pimentel usou o avião fretado por João Dória para ir da Bulgária, onde estava em viagem oficial com a presidenta Dilma Rousseff, a Roma, para participar de um evento organizado pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), presidido pelo empresário.
Além do caso do uso do avião, Pimentel também é investigado pela Comissão de Ética pela prestação de consultorias em 2009 e 2010. O relator do caso, conselheiro Fábio Coutinho, já havia recomendado a aplicação da pena de advertência ao ministro, mas a maioria do colegiado decidiu aprofundar as investigações. Como o mandato de Coutinho venceu e ele não foi reconduzido, o caso agora tem novo relator, o conselheiro Mauro de Azevedo Menezes, que tomou posse nesta segunda-feira. Segundo Lacombe, a redistribuição do caso não deve alterar a investigação.
A próxima reunião da comissão está marcada para o dia 22 de outubro. Lacombe deve continuar na presidência interina do colegiado até que o grupo esteja completo novamente, com sete conselheiros. Para isso, Dilma terá que indicar três novos membro