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Estado de Minas

Partidos pequenos são os que mais tiveram contas de campanha rejeitadas em 2010

Só em Minas, 192 candidatos foram reprovados


postado em 03/03/2012 06:00 / atualizado em 03/03/2012 07:10

O promotor eleitoral Edson Resende admite que a legislação é complexa e demanda assessoria contábil(foto: Marcos Michelin/EM/D.A.Press)
O promotor eleitoral Edson Resende admite que a legislação é complexa e demanda assessoria contábil (foto: Marcos Michelin/EM/D.A.Press)
A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de impedir políticos que não tiveram as contas de campanhas aprovadas nas últimas eleições de se candidatarem atinge, principalmente, os nanicos. Dos cinco partidos que lideram o ranking em Minas, em 2010, apenas o PSB não pode ser considerado pequeno. Levantamento com base nos dados do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) mostra que, na última eleição, em 2010, o total de políticos ruins de conta chegou a 192 no estado. Em todo o país, o TSE estima um total de 21 mil candidatos com contas reprovadas nas duas últimas eleições, incluindo o pleito municipal de 2008.

De acordo com o coordenador das promotorias eleitorais do TRE-MG, Edson Resende, o número é grande por levar em conta aqueles que tiveram as contas rejeitadas na eleição municipal de 2008, quando o número de candidatos é bem maior, por incluir os vereadores. Sobre a prevalência dos partidos pequenos Resende explica que, em muitos casos, está ligada a falta de estrutura. “A prestação de contas depende da assessoria de um contador. A legislação eleitoral não é tão simples e a assessoria de advogado e contador pode ajudar a evitar os problemas”, entende o promotor.

A presidente do PMN em Minas Gerais, Thelma Zayra Albano, faz análise semelhante a do promotor e acrescenta que, na maior parte dos casos, as contas são desaprovadas porque os candidatos não têm atenção. “Não tivemos contas altas de campanha. Às vezes é uma nota que falta, um recibo eleitoral ou o candidato não entrega o documento a tempo”, Albano. Porém, ela diz não ter autoridade para falar sobre as contas do último pleito, pois ser dirigente partidária à época. “O partido estava com uma estrutura desorganizada”, argumenta.

O presidente nacional do PTdoB, o deputado federal Luiz Tibé (MG), acredita que o grande números de correligionários que tiveram problemas com as contas na última eleição se deve ao elevado contigente de candidatos que o partido lançou. “Entre os pequenos, fomos o único que conseguiu, sozinho, quociente para ter deputado federal”, explica Tibé. Entre candidatos a deputado estadual e federal o partido apresentou cerca de 150 nomes. “A probalidade de ocorrer erro é um pouco maior, pois a prestação de contas é individual”, entende o dirigente partidário.

O promotor Edson Resende destaca que o TSE teve entendimento semelhante nas eleições de 2006 e 2008. Porém, houve alteração na lei em 2009. “O TSE voltou a discutir o assunto e reforçou a posição”, explica o promotor. Ele acrescenta que a restrição vale apenas para as duas últimas eleições. Isso porque o prazo previsto para inelegibilidade de quem não prestou contas é do mesmo período do mandato, ou seja, quatro anos. Por isso, quem teve as contas rejeitadas em 2008 não pode se candidatar nas eleições deste ano.

Certidão A ministra do TSE Nancy Andrighi defendeu, ao justificar seu voto, que além da apresentação das contas o candidato também precisa ter a aprovação pela Justiça Eleitoral para obter a certidão de quitação eleitoral. O documento é necessário para obtenção do registro de candidatura, sem o qual o candidato não pode concorrer. “O candidato que foi negligente e não observou os ditames legais não pode ter o mesmo tratamento daquele zeloso que cumpriu com seus deveres. Assim, a aprovação das contas não pode ter a mesma consequência da desaprovação”, disse Andrighi. A ministra sugeriu a inclusão de um dispositivo na resolução para se adequar ao novo entendimento. Votaram com a ministra outros três ministros: Carmen Lúcia, juntamente com o ministro Marco Aurélio e o presidente da Corte, Ricardo Lewandowski, alcançando a maioria, por 4 votos a 3.

Rejeitados

Partido
/ Candidatos

PSB 17
PTC 15
PMN 14
PTdoB 12
PRTB 12
PCdoB 10
PMDB 10
PSC 8
PPS 7
PDT 7
PCO 7
DEM 6
PSDC 6
PTB 6
PSL 6
PV 6
PSB 5
PR 5
PSTU 5
PT 4
PHS 4
PSOL 4
PRP 3
PRB 3
PP 2
PTN 2
PSDB 1


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