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Estado de Minas

Motoristas de órgãos públicos dão mau exemplo na direção de carros oficiais

Trinta órgãos dos três poderes de Minas tiveram de arcar no ano passado com um gasto de R$ 65,5 mil, referentes a infrações de trânsito cometidas por motoristas em serviço


postado em 07/02/2012 06:00 / atualizado em 07/02/2012 06:46

Motoristas a serviço do poder público de Minas Gerais cometeram infrações de trânsito que custaram R$ 65.543,91 ao longo de 2011. As irregularidades foram cometidas por funcionários do Executivo, Legislativo e Judiciário – lotados em 30 órgãos – e vão desde estacionamento em áreas proibidas (leve) até o excesso de velocidade acima de 20% do máximo permitido (gravíssima). Os valores, muitos com desconto de 20% pelo pagamento em dia, variaram de R$ 68,10 a 574,62. A Secretaria de Defesa lidera o ranking do mau exemplo: o desrespeito às leis custou R$ 9.308,70.

Os carros do Judiciário ocuparam o segundo lugar na lista dos mais “canetados”: foram 86 multas aplicadas ao Tribunal de Justiça (TJMG) em Belo Horizonte, Contagem, Betim, Uberlândia e Uberaba pelas polícias Militar, Civil e Rodoviária Federal. O Tribunal de Justiça Militar (TJM) terminou o ano com apenas uma multa de R$ 85,13, aplicada a infrações de nível médio. No TJMG houve caso de multa gravíssima agravada em três vezes, resultando em uma penalidade de R$ 574,62. É o caso de quem trafega em via pública com velocidade superior a 50% do total permitido.

Na sequência vêm o Instituto de Pesos e Medidas (Ipem), multado em R$ 6.878,37, e as secretarias de Saúde e Fazenda, em R$ 5.088,53 e R$ 5.037,33, respectivamente. Do outro lado da lista está a Secretaria de Desenvolvimento Regional e Política Urbana, que despendeu R$ 68,10 com uma infração de trânsito.

Até um carro oficial da Cidade Administrativa foi multado. A Prefeitura de São Paulo aplicou uma penalidade de R$ 85,13. E o mesmo veículo ainda tem duas multas a pagar: uma de 6 de dezembro de 2010 referente a excesso de velocidade na Avenida Cristiano Machado, que liga o Centro à Região Norte de Belo Horizonte, e outra em Ouro Preto, na Região Central do estado, quatro dias depois. No site do Detran mineiro não é informado o motivo.

Transparência

Até mesmo veículos do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) foram multados: ao todo, em 2011, o órgão gastou R$ 1.247,13 graças a infrações cometidas por cinco veículos e flagradas pela Polícia Rodoviária Federal e pelo estado. Os dados sobre todas as multas foram consultados pela reportagem no Portal da Transparência do governo estadual.

Em alguns casos, no entanto, não houve tanta transparência assim: é o caso da Assembleia Legislativa. No link correspondente ao Legislativo mineiro, não havia informações sobre as placas dos veículos infratores ou o número de multas aplicadas a eles. Essas informações foram pedidas à assessoria de imprensa da Casa, que não respondeu.

Ainda que seja grande o número de multas aplicadas aos motoristas que prestam serviço no estado, ele já foi bem maior. Nos últimos cincos anos, as infrações de trânsito chegaram a somar R$ 157.178,11, valor registrado em 2008. Desde então a conta vem diminuindo: R$ 136.480 em 2009 e R$ 123.442,28 em 2010.

As assessorias do governo estadual, do Legislativo e do Judiciário garantiram que as multas pagas com dinheiro público são cobradas dos motoristas que cometeram as infrações. Em todos eles é aberta uma sindicância para apurar quem estava conduzindo o veículo. O valor é cobrado via desconto do contracheque. No caso de motoristas terceirizados, a multa é enviada para a empresa que mantém contrato com o órgão público.

 


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