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Estado de Minas

Corrupção é um mal ainda bem brasileiro


postado em 02/12/2011 07:28 / atualizado em 02/12/2011 07:36

No mesmo dia em que a presidente Dilma Rousseff decidiu manter no cargo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT) – a despeito das denúncias de envolvimento com uma série de irregularidades relacionadas a convênios de sua pasta com ONGs ligadas ao PDT –, levantamento da ONG Transparência Internacional divulgado ontem revela que o Brasil é o 73º mais corrupto do mundo entre os 183 países avaliados, uma queda de quatro posições no ranking em relação ao ano passado. O Brasil recebeu a nota 3,8 dentro de uma variação de 0 (altamente corrupto) a 10 (muito limpo). No ano passado, a nota brasileira foi um pouco pior, de 3,7, mas o país havia ficado na 69ª posição.

A classificação é feita com base nos níveis percebidos de corrupção do setor público por meio de um cálculo a partir de dados de 17 pesquisas que incluem questões como o cumprimento de leis anticorrupção, conflitos de interesse, corrupção de funcionários públicos, propinas nos contratos públicos e desvio de recursos. Baseado nesses critérios, o menos corrupto em 2011 foi a Nova Zelândia, apontada com a nota 9,5. Dinamarca e Finlândia aparecem na sequência, com 9,4. Do outro lado da lista estão Coreia do Norte e Somália, ambos com a nota 1. Dois terços dos países (136) apresentaram nota igual ou menor que cinco.

Na América Latina, o Chile é hoje o mais bem colocado no ranking, com a 22ª posição. A nota 7,2 colocou o país andino à frente de Estados Unidos (24º) e França (25º). O Uruguai obteve a mesma nota do país europeu, compartilhando a posição na lista. Argentina (100ª), Equador (120ª) e Paraguai (154ª) ficaram com notas iguais ou menores que 3. De acordo com a ONG Transparência Internacional, o levantamento mostra que alguns governantes “falham em proteger os cidadãos da corrupção, seja pelo abuso de recursos públicos, suborno ou a tomada de decisões de forma obscura”.

Prova disso é o número de protestos realizados ao redor do mundo ao longo de 2011. “Os cidadãos sentem que seus líderes e instituições públicas não são transparentes nem responsáveis o suficiente”, diz o site da ONG. “O ano de 2011 viu o movimento por uma maior transparência tomar um momento irreversível, à medida que cidadãos ao redor do mundo exigem responsabilidades e transparência dos seus governos. Os países com altas notas mostram que, com o tempo, os esforços para melhorar a transparência podem ser mantidos, bem-sucedidos e beneficiar seu povo” afirmou o diretor-executivo da Transparência Internacional, Cobus de Swardt, por meio de nota divulgada no site da ONG.


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