O metrô de Belo Horizonte começou a ser pensado na década de 1970 e até hoje não tem a extensão pretendida em seu projeto pioneiro, desenvolvido pelo Ministério dos Transportes. Ele previa uma ligação entre o Bairro São Gabriel, na Região Norte, e Betim, com um ramal Calafate/Barreiro, na capital mineira, e uma ligação até o Eldorado, em Contagem, totalizando 60 quilômetros de malha ferroviária e 22 estações.
Quarenta anos depois, o metrô da terceira maior região metropolitana do país, com cerca de 5,41 milhões de habitantes, tem quase 29 quilômetros de linha, 19 estações e transporta 140 mil passageiros por dia.
As obras foram iniciadas em 1981, com um cronograma para a conclusão, em 1986, do trecho de 37 quilômetros definido como prioritário, compreendendo os percursos Eldorado – São Gabriel, com 26,5 quilômetros de linha dupla, incluindo as ramificações do pátio de manutenção do Bairro São Gabriel e o ramal Calafate/Barreiro, com 10,5 quilômetros.
Jeitinho Desde sua concepção, a intenção era aproveitar a malha ferroviária da região metropolitana para baratear os custos, já considerados caros desde então. Os recursos para a obra deveriam vir do Programa de Mobilização Energética (PME), criado pela Comissão Nacional de Energia em 1980 para estimular o consumo de energia elétrica e reduzir a dependência do Brasil de derivados do petróleo. As construções também seriam financiadas pelo governo francês, que tinha uma linha de crédito internacional para custear esse tipo de obra no Brasil.
O financiamento francês foi cumprido conforme o previsto no projeto original, mas a contrapartida do PME não. O programa não vingou e, quatro anos depois de lançado, acabou extinto. Sem contrapartida do governo federal, as obras foram sendo roladas e acabaram totalmente paralisadas em 1987. Assim começou a saga pela implantação do metrô de Belo Horizonte e região metropolitana. Somente em 1991 elas foram retomadas, sempre a passos lentos. A última ampliação do metrô em BH foi concluída em 2002.