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Estado de Minas

Justiça nega retorno ao cargo de prefeito e familiares acusados de fraude no Norte de MG


postado em 29/03/2011 06:30

O prefeito de São João da Ponte, Fábio Luiz Fernandes Cordeiro, o Fábio Madeiras (PTB), e sua família, que ocupavam o primeiro escalão no Executivo municipal – todos suspeitos de desvio de recursos públicos da saúde – sofreram derrota na Justiça, que não acatou o pedido de concessão de liminar, em agravo de instrumento, que garantiria o retorno de todos a seus postos. Além de Fábio, o secretário municipal de Saúde, Fagner Magela Cordeiro, irmão do prefeito, a secretária de Finanças, Rita Magela Dias Cordeiro, cunhada dele, e a presidente da Fundação Municipal de Saúde da cidade (Fumasa), Noeme Laura Alves Correa, prima do chefe do Executivo, foram afastados de seus postos por determinação da juíza Sônia Maria Fernandes Marques, que ainda bloqueou os bens de todos os suspeitos para pagamento do rombo no cofre do município.

O grupo foi alvo da Operação Grande Família, desencadeada no dia 17, depois da apreensão de provas dos desvios em outra operação do Ministério Público e Receita Estadual, a Conto do Vigário, em novembro passado. À época, ficou comprovado que organização criminosa chefiada pela empresário Fabrício Viana, dono da Hiper Distrituidora Medicamentos Ltda, provocou prejuízos superiores a R$ 100 milhões, em 15 prefeituras do Norte de Minas, entre as mais pobres do país.

O grupo especializado em fraude de licitações, superfaturamento e vendas fictícias, atendeu o prefeito de São João da Ponte. De acordo com o Ministério Público, o prefeito Fábio declarou a empresa de Fabrício como vencedora de licitação, realizada em julho de 2010, para o fornecimento de R$ 225 mil em remédios à Prefeitura de São João da Ponte.

No entanto, os responsáveis pela compra teriam pedido à empresa a entrega de somente R$ 50 mil dos medicamentos. Testemunhas ouvidas na investigação informaram que os outros R$ 175 mil teriam sido divididos entre os donos da empresa e demais envolvidos na fraude. As evidências do envolvimento do prefeito foram reforçadas ainda com as frequentes visitas dele à distribuidora de medicamentos na cidade vizinha, Montes Claros.


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