Não existe atividade econômica e desenvolvimento em cidades mineradoras sem a mineração. Sua importância é um fato indiscutível.Mas,o que fazer para que a prática valha a pena para os municípios e sua população? Já evoluímos muito como, por exemplo,aproximando o diálogo entre mineradoras e municípios. Entretanto, é preciso ir além da arrecadação de tributos e da geração de empregos proporcionadas pela atividade, seguindo rumo a uma nova mineração.
Para a diversificação econômica funcionar é preciso atuar no modelo existente hoje. O papel das mineradoras pode ser o de atrair empresas e fornecedores a se instalarem na região e fortalecer toda a cadeia no entorno,como acontece hoje em Betim, município em que uma indústria automobilística implementou o just in time para reduzir custos e estoques, gerando empregos e negócios.No momento em que uma mineradora decide, por exemplo, comprar insumos apenas na região em que ela está explorando, acaba por forçar a transferência das empresas para aquele local. É uma decisão política que fará a diferença.Aos estados e municípios cabe um papel importante como, por exemplo, oferecer incentivos fiscais, criar fundos específicos para investimentos em cidades mineradores e outras iniciativas como formar mão de obra qualificada.
Uma questão importante é que os prefeitos de cidades mineradoras sempre afirmam: que a atividade minerária em nossas cidades seja absolutamente segura, transparente, que mantenha o diálogo com a sociedade, investindo também na qualidade de vida por meio dos impostos oriundos de projetos como a Lei Rouanet, que não destina nem um centavo aos municípios mineradores ou à restauração do patrimônio histórico.Todas essas iniciativas impactam a economia, direta ou indiretamente, e contribuem para o desenvolvimento sustentável das cidades e mostram que é possível transformar, sim, a mineração.