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Estado de Minas ESPECIAL

Situação das barragens é monitorada em tempo real

Centro de Monitoramento Geotécnico foi construído um mês após o ocorrido em Brumadinho e opera 24h


Brumadinho e região | Reconstrução
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Brumadinho e região | Reconstrução
postado em 30/06/2019 06:01 / atualizado em 01/07/2019 10:28

Centro de Monitoramento Geotécnico, na Mina de Águas Claras(foto: Alain Dhome/Esp. EM)
Centro de Monitoramento Geotécnico, na Mina de Águas Claras (foto: Alain Dhome/Esp. EM)
No painel, telas mostram simultaneamente e em tempo real a situação das estruturas de mineração da Vale. O comportamento de barragens, pilhas e cavas é analisado por um time de 24 pessoas durante 24 horas por dia, sete dias por semana. Na sala onde são recebidos e traduzidos números e imagens de instrumentos, câmeras e radares, funciona hoje o piloto de um projeto ousado, que quer conectar a Região Metropolitana de Belo Horizonte com o restante do país e transformá-la num centro global capaz de monitorar todas as plantas de mineração da Vale.

O Centro de Monitoramento Geotécnico (CMG) fica bem pertinho da capital, num prédio localizado dentro da Mina de Águas Claras, em Nova Lima. A instalação dele estava nos projetos da empresa, mas foi implantado em menos de um mês após o rompimento. Em 21 de fevereiro, entrou em ação com o acompanhamento da Barragem de Vargem Grande, que havia entrado em nível 2 um dia antes – a estrutura voltou ao nível 1 no início deste mês. Seis dias depois, foi a vez de as barragens de Forquilha I, II e III, em Ouro Preto, entrarem no radar de atenção. O centro recebe informações de 25 estruturas, com prioridade para as construções a montante. Oito estruturas são monitoradas por meio de radar (que verifica a superfície do maciço). Outras, por instrumentos que avaliam a segurança do barramento (como piezômetros, inclinômetros e níveis de água), estação robótica e câmeras com inteligência artificial, capazes de detectar eventual movimento das estruturas. É o caso da Mina Gongo Soco, em Barão de Cocais, onde foi registrada movimentação no talude da cava norte, situado a 1,5 quilômetro da Barragem Sul Superior, e que vem sendo acompanhada em tempo integral pelas equipes da Vale e da Defesa Civil do estado.

O coordenador-adjunto de Defesa Civil, tenente- coronel Flávio Godinho, destaca que o centro é o ponto de partida para o acionamento dos planos de emergência da estrutura. Em caso de rompimento, os plantonistas do centro acionariam a sala da Defesa Civil instalada em Barão de Cocais para, dali, serem rodados os planos concernentes à evacuação, pontos de encontro, rotas de fuga, assistência a hospitais. Além de contatar os carros de som que ficam 24 horas na cidade, para que seja dado à população o aviso do colapso. Em prática também entra o salvamento das pessoas. “O centro de monitoramento é o coração da operação. Cada minuto perdido com o socorro de pessoas é risco de morte para algumas delas. Cada minuto a mais é tempo para tirar pessoas de locais por onde a lama poderia passar”, diz Godinho.

Com base nas últimas experiências, a mineradora quer expandir o trabalho e concentrar em Nova Lima, até o fim do ano, o acompanhamento da segurança de todas as estruturas da empresa no país. A ideia é fazer um centro de monitoramento global, conectado às salas de geotecnia das unidades operacionais distribuídas nos países onde a empresa mantém operações. “O centro é um caminho sem volta”, destaca o líder do Centro de Monitoramento Geotécnico, José Henrique Wanderley.

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