Múcio Batista de Souza
Belo Horizonte
"Engraçado! Não é a primeira vez que FHC engrossa a voz e tenta aparecer como político vencedor, 'bom de voto'. Sabemos, todos os brasileiros, que o pobre coitado somente chegou ao Senado da República por ser suplente do saudoso senador Franco Montoro, que renunciou ao mandato para assumir o governo do estado de São Paulo. É hilária uma cena que mostra Jânio Quadros mandando desinfetar a cadeira do prefeito da cidade de São Paulo, na qual FHC assento – a pedido de repórteres e jornalistas espertos – poucos dias da eleição para escolha de futuro prefeito, pleito que FHC já considerava ganho, mas foi fragorosamente derrotado pelo astuto Jânio. Este senhor, FHC, além de narcisista ao extremo, se julga onisciente, o 'sabe tudo de tudo'. Sua primeira eleição pelo voto popular foi para a Presidência da República, em 1994, unicamente por ter sido indicado por Itamar Franco que, após um mandato de apenas dois anos, tinha a aprovação de 80% da população brasileira. Sua segunda eleição, até hoje, está envolta numa nuvem de mistérios e trapaças, e que custou milhões de reais para compra de votos de deputados e senadores para aprovação de emenda constitucional que permitisse a reeleição de gestores em todos os níveis de governo no Poder Executivo. Tramou, com dirigentes partidários – todos sabidamente venais – para somente enfrentar candidatos inexpressíveis. Conseguiu ser reeleito. Pois bem! Fez escola: todos os demais presidentes que o sucederam gastam o primeiro mandato trabalhando para ter um segundo mandato. No segundo mandato apenas tentam evitar um processo de 'impeachment'. O atual presidente, eleito em 2018, como seus antecessores, segue a cartilha do FHC."