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Estado de Minas EDUCAÇÃO

Estudantes pedem demissão de ministro


postado em 22/01/2020 04:00

Iago Montalvão e Pedro Gorki
Goiânia

“As consequências da desorganização e da inépcia do governo Bolsonaro se fazem sentir novamente na área da educação. Agora, de forma mais grave, pois coloca em dúvida o exame educacional mais importante do país, responsável por definir o futuro de milhões de jovens que têm, no resultado do Enem, critério fundamental para a possibilidade de cursar o ensino superior. Desde a noite de sexta-feira (17), milhares de estudantes denunciaram que suas notas do Enem eram discrepantes com o número de acertos nas questões objetivas. No sábado (18), o ministro da Educação, Abraham Weintraub, divulgou um vídeo nas redes sociais, admitindo ‘algumas inconsistências na contabilização e correção da segunda prova do Enem’. Segundo ele, um grupo muito pequeno de pessoas havia tido o gabarito trocado quando foram fechados os envelopes. Desde cedo o ministro afirmou que o problema estava restrito a 0,1% dos candidatos; ou que não passava de 10% de acordo com o presidente do Inep. Agora, chegaram ao número de cerca de 6 mil provas com erros na correção. Seja qual for o percentual dos afetados, o erro é grave e interfere no resultado geral do exame, na medida em que as notas são calculadas com base na média geral, na maior e menor nota. Se a média geral sobe ou diminui, todas as notas são afetadas. Agora, com a abertura para as inscrições no Sisu, estudantes relatam problemas e dificuldades para fazer a inscrição. Entre tantos outros problemas que pipocaram desde que esse governo assumiu, imagine como se sentiram os funcionários responsáveis pelo exame quando ouviram do presidente da República as afirmações de que as questões do exame seriam aprovadas por ele. Quem se acha no direito de aprovar questões do Enem, no mínimo, precisa ter e cobrar responsabilidade do ministro. Na lista das barbeiragens desse ministério encontram-se outras questões, como o recurso de R$ 1 bilhão recuperado com a Lava-Jato e destinado ao MEC, que não foi utilizado mesmo com a educação sofrendo cortes em todas as áreas. Em vez de concentrar investimentos e esforços na melhoria do Enem, o ministro preferiu orientar seu alvo para o ataque às entidades estudantis, na tentativa de calar a oposição à sua política de morte à educação. Por tudo isso, defendemos a imediata demissão do ministro Weintraub, e que se realize uma apuração independente sobre os problemas ocorridos, para que não restem dúvidas sobre a credibilidade e o futuro do Enem, assim como para solucionar o problema das notas individuais, de forma a não prejudicar nenhum estudante."

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