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Estado de Minas BELO HORIZONTE

Leitor defende que se valorizem as árvores


postado em 09/01/2020 04:00

Wilson Campos
Belo Horizonte

"Os dados não mentem e evidenciam a exagerada supressão de árvores em Belo Horizonte. Os números surpreendem, embora se saiba que a prefeitura não é dada ao replantio na mesma proporção do corte acelerado das motosserras. Enquanto foram suprimidas 10 mil árvores no ano passado, a prefeitura plantou, no mesmo período, 4 mil mudas.  São 6 mil unidades a menos em toda a cidade. Nos últimos três anos, foram suprimidos 22.226 espécimes, conforme dados da Sudecap, contra 13.580 plantados, representando um déficit de 8.646 árvores na cidade. O serviço de corte e poda deve ser fiscalizado de perto, sob pena de a responsabilidade pela desertificação da cidade ser inteiramente da prefeitura. A capital, outrora conhecida como Cidade Jardim, já contabiliza um déficit absurdo de milhares de árvores nos últimos anos. Se considerado o período entre 2017 e 2019, são cerca de 12 mil árvores a menos em Belo Horizonte, levando-se em conta as suprimidas pela prefeitura, as arrancadas pelo força do vento e as acometidas de doenças. Um episódio que reclama por correção de rumo, seja pela recôndita sensibilidade administrativa com o meio ambiente ou pelo necessário respeito à qualidade de vida das gerações vindouras. Os números, assustadores, porquanto precários para a sobrevivência do verde na capital, representam um déficit imenso com o meio ambiente sustentável, mas isso não parece preocupar a prefeitura, que insiste na derrubada de árvores, que são eliminadas sem antes ter recebido os cuidados indispensáveis. Por certo que existem aquelas árvores que estão condenadas pela idade, pelo enfraquecimento diante da poluição urbana e até pelo adoecimento do corpo vegetal. Por certo que essas árvores, depois de catalogadas e estudadas, precisam ser suprimidas, para que não coloquem em risco vidas humanas, veículos estacionados, transformadores de energia, muros e casas e quaisquer outros bens públicos e privados. Mas isso precisa ser feito com o imediato replantio de novas árvores, de mudas apropriadas para determinados setores da cidade e com a expectativa de vida longa para o verde belo-horizontino. Sem reportar aos números catastróficos de cinco anos atrás, quando se deram cortes e podas de forma inconsequente, os votos indeléveis da sociedade são no sentido de que a administração atual da prefeitura veja com um olhar diferente o futuro da cidade, para que ela não se torne cinza por completo, mas preserve a vegetação, as matas, a paisagem, o clima ameno, a sutileza e a beleza naturais, a permeabilidade do solo e a saúde da população. O déficit de árvores na capital requer replantio urgente."
 

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