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Por que apedrejam tanto a Maçonaria?


08/10/2022 04:00

Santelmo Xavier Filho
Maçon Grau 33. Engenheiro e professor de 51 disciplinas 
para cursos técnicos, tecnológicos, de graduação e de 
pós-graduação em diversas engenharias
 
Como a Maçonaria não se manifesta, uma vez que tem por lema o velho ditado “o que vem de baixo não me atinge”, volta e meia lemos idiotices a respeito da mesma, principalmente pela ignorância de não convidados ou pela inveja dos não aceitos a ingressar para as fileiras da Ordem. Para quem não sabe, a Maçonaria operativa era uma sociedade que congregava em seu início apenas construtores, os quais eram livres para se deslocar e construir templos católicos a pedido dos papas. Estes oficiais circulavam livremente na Europa e eram aceitos por ser considerados de bons costumes. 
Maçom significa pedreiro, em francês. Os grandes segredos destes eram divulgados apenas a quem ingressava em seu círculo, pois tratava-se de técnicas construtivas. É muito fácil encontrar símbolos deixados por esses construtores em igrejas. Cito aqui apenas quatro exemplos deles. Visitem a Igreja da Sé, em Mariana. Lá existem símbolos maçônicos deixados por seus construtores. Visitem a Basílica da Serra da Piedade e vejam a beleza da imagem esculpida por um maçom. Visitem também Paraty, uma cidade maçônica. 
Com o passar do tempo, esses mestres, companheiros e aprendizes construtores passaram a aceitar outros profissionais em suas oficinas, dando início à maçonaria denominada especulativa, que é a então existente na atualidade. 
Ouçam a obra de Mozart, um compositor maçom, como quarto exemplo. Para quem ingressa, apenas a convite, nestas lojas, oficinas ou templos, são repassados conhecimentos tradicionais, denominados ritualística, para que compreendam a história da Maçonaria e sua simbologia. As lojas são decoradas exatamente por símbolos, a exemplos de colunas, por isso denominadas lojas simbólicas, que vão do grau 1 ao grau 3, onde somente neste se reúnem os mestres maçons. 
Existem reuniões outras, denominadas brancas, em que se convidam palestrantes para divulgar cultura aos presentes, que podem ser ou não maçons. A sequência desses estudos, que vão do grau 4 ao 33, incluem o estudo filosófico da Maçonaria, que se constitui no aperfeiçoamento dos membros das lojas. Destaco o Grau 18, denominado Cavaleiro Rosacruz, um grau em homenagem a Cristo, que muitos consideram entre os graus elevados o mais bonito. 
 
Portanto, não há nada de satanismo na Maçonaria, como dizem os bucéfalos ignorantes. Há farta bibliografia maçônica espalhada em livrarias. Pode-se comprar inclusive revistas com a história da Maçonaria em bancas de revistas. Recordo que a liberdade da grande maioria dos países latinos foi conseguida graças aos esforços da Maçonaria, incluindo o Brasil. 
 
Portanto, nem sociedade secreta é a mesma, como dizem os desconhecedores do que realmente é a Ordem Maçônica, e, sim, uma sociedade discreta, por não fazer estardalhaço sobre as suas obras sociais. Para quem conhece e sabe, há faculdade maçônica, hospital, asilo sustentado por lojas maçônicas. A caridade é uma obrigação entre os maçons, dado que são escolhidos aqueles que cumprem com o seu dever familiar para ampliá-lo em relação à sociedade em geral. 
 
A Maçonaria brasileira tem três potências, a saber: Grande Oriente do Brasil, Grandes Lojas e o Colegiado (aqui denominado de Grande Oriente de Minas Gerais). Cresceu em função de necessidades específicas para se instalar nos diversos estados da nação. Não há sectarismos na Maçonaria. Há maçons ricos e pobres, brancos e negros, oriundos das diversas religiões, dado que a Maçonaria não é uma religião, como apregoam os seus detratores. 
 
Eu sou católico e visito sempre diversas basílicas e santuários. Há, sim, homens cultíssimos e aqueles que estão aprendendo com estes a simbologia, a filosofia de aprimoramento humano e social, além de bons costumes para se transformarem em indivíduos a cada dia melhores do que foram no dia anterior. 
 
Que os boçais continuem jogando suas pedras. Com elas, os dignos praticantes da “arte real” constroem igrejas e outras obras que deixam as pessoas perplexas de tão encantadas, além de seres humanos cada vez melhores para servir à sociedade brasileira. 
 
Finalizando, recordo o bordão de um personagem da “Escolinha do Professor Raimundo”, criada pelo brilhantismo de Chico Anísio: “A ignorância é que atravanca o progresso da nação!”. Quando se referem a Bolsonaro como maçom, sendo ele ou não, o enaltecem os ébrios detratores de sua imagem. Nem sabem que o elevam à categoria do atual Rei da Inglaterra! Ignorar a própria ignorância dá nisso!!! 


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