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Neurociência explica o fanatismo político


28/07/2022 04:00

Ângela Mathylde  Soares 
Neurocientista e psicopedagoga
 
A abstenção cresceu nas eleições de 2020, comparada aos processos anteriores. Os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) registram 23,1% de abstenção, cerca de seis pontos acima das eleições de quatro anos antes. A pandemia de COVID-19 influenciou essas taxas, mas deve-se alertar também para a falta de interesse dos brasileiros pela política, principalmente por parte dos jovens. Cerca de 20% dos eleitores com 17 anos deixaram de votar nas últimas eleições, e o índice de abstenção passou de 24% entre aqueles de 21 a 24 anos.

A falta de motivação juvenil se deve, principalmente, às memórias relacionadas à política, uma vez que o cérebro trabalha com a rotina e a história. Outro fator foi a falta de estímulo familiar e de outras instituições, como a escola.

O estudo Panorama Político 2022, com opiniões sobre a sociedade e a democracia, elaborado pelo Instituto DataSenado, com colaboração da Universidade de Brasília (UnB), revelou que a população, cada vez se interessa menos pela política. Há 10 anos, o percentual de brasileiros interessados em temas políticos era de 63% e, atualmente, somente 53% dos entrevistados buscam o assunto, sendo que esse total, ainda divide-se entre interesse alto (18%) e  médio (35%).

Os desinteressados justificaram com o baixo nível de conhecimento político, juntamente às deficiências no ensino, que não tem matérias próprias para a área e não transmite informações claras sobre o tema. Outro problema citado foi o sentimento de desilusão, tal como a percepção que os atores políticos buscam manter os brasileiros alienados sobre essas questões.

Apesar de ser alto o nível de abstenção política, também existem os casos de fanatismo político que podem levar até à morte .

Na madrugada do dia 12 de julho , o líder petista e guarda municipal Marcelo de Arruda foi assassinado em sua própria festa de aniversário por Jorge José da Rocha Guaranho, agente penitenciário federal e apoiador do presidente Jair Bolsonaro.

A aprendizagem é norteada por três situações: funções conativas, sentimentos e emoções; funções cognitivas, conhecimento ; e funções executivas, que são as ações.

As pessoas se posicionam sobre essas questões devido ao envolvimento emocional com elas. Ao se misturar as funções cognitivas com as funções conativas, ou seja, conhecimento e afeto, sempre há a necessidade de se posicionar, defendendo suas ideias.

O posicionamento ocorre de forma agressiva pela falta de controle inibitório, dentro da função executiva, estimulando a pessoa a ser inflexível cognitivamente, não conseguindo aceitar a opinião do outro passivamente, e isso faz com que queira defender suas opiniões acima de qualquer situação, mesmo que suas ações levem a consequências extremas, como um assassinato.

A falta de hormônios, como a serotonina – mais conhecida como o hormônio do prazer e da felicidade –, e o cortisol em excesso podem contribuir para níveis excessivos de estresse e agressividade. 


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