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Estado de Minas editorial

A alta de casos de COVID-19 e o uso da máscara

A taxa de mortes não acompanha a de casos graças à imunização


29/05/2022 04:00

O aumento no número de casos de síndrome respiratória aguda grave (Srag) — sobretudo uma nova alta nas infecções provocadas pelo coronavírus — está levando prefeituras país afora a retomarem o uso de máscara em ambientes fechados ou locais abertos com aglomerações. Pelo menos uma capital, Curitiba, e cidades do interior de Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná voltaram a recomendar o uso da proteção facial. Na capital paulista, mesmo sem determinação oficial, algumas escolas particulares também decidiram adotar a medida.
 
No mais recente Boletim Infogripe, divulgado na quinta-feira, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostra que os casos de COVID-19 voltaram a crescer em todas as regiões do país. No estudo, que abrange o período de 15 a a 21 de maio, os pesquisadores destacam que 48,1% das ocorrências de síndrome respiratória aguda grave registradas nas últimas quatro semanas analisadas são decorrentes da COVID-19. Além disso, 84% das mortes por Srag foram relacionadas ao coronavírus. No levantamento anterior, as infecções por Sars-Cov-2 correspondiam a 41,8%. E os óbitos, a 79,5%. 
 
De acordo com dados coletados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), a tendência de aumento nos casos de COVID-19 captada pela Fiocruz nas últimas semanas estudadas manteve o viés de alta até a última sexta-feira, quando a média móvel de sete dias no país foi de 22.676 infecções por Sars-Cov-2, contra 13.953 no mesmo dia da semana anterior. Em relação aos óbitos ligados ao coronavírus, a média nacional entre os mesmos dias foi de 118 contra 102, repetindo a oscilação em torno de 100, que também se observa nos boletins mais recentes do Infogripe. 
 
A situação do Distrito Federal ilustra bem a discrepância entre a escalada de casos de COVID-19 e o de mortes pela doença. Na sexta-feira, o DF registrou 1.450 novas infecções, um crescimento de 255% na média móvel de contágios, enquanto não houve nenhuma notificação sobre óbito pelo segundo dia consecutivo. Em Minas Gerais, o quadro é semelhante. O contingente de infectados voltou a subir, enquanto o de mortes continua baixo. Nos últimos 30 dias, até a sexta-feira, ninguém perdeu a vida para a COVID em 752 municípios mineiros — um mês atrás, o número de cidades sem mortes estava abaixo de 700. 
 
Infectologistas, como Hermeson Luz, observam que o aumento na quantidade de infecções por COVID-19 e outras doenças respiratórias nesta época já era esperado devido a alguns fatores. “No tempo frio ocorre uma piora nas doenças infecciosas respiratórias, e a COVID está nesse grupo”, explica. Ele também associa o crescimento nos diagnósticos positivos de coronavírus à predominância da Ômicron e das subvariantes da cepa, todas altamente transmissíveis. Para ele, a taxa de mortes não acompanha a de casos graças à imunização. “Essa questão vacinal tem que ser priorizada. Tanto a da COVID-19 quanto a da influenza”, diz. 
 
 Pesquisadores da Fiocruz também enfatizam a importância da vacinação e do uso de máscara — principalmente para os grupos mais vulneráveis, como idosos e imunossuprimidos — para frear tanto a escalada de COVID-19 quanto de outras doenças respiratórias graves. Por isso, eles voltaram a defender a realização de campanhas de vacinação para ampliar a cobertura contra o coronavírus na faixa de 5 a 11 anos e a aplicação de doses de reforço na população adulta. Muitas vezes, a vacina pode até não evitar o contágio, mas é fundamental para amenizar a gravidade da doença e reduzir o número de internações e de óbitos. 


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