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Estado de Minas editorial

Queiroga na encruzilhada

Diretores da OMS concluíram que "a pandemia de COVID-19 continua a ser uma emergência de saúde pública"


17/04/2022 04:00

Em queda, desde o início de fevereiro, a média móvel de sete dias relativa a infecções por coronavírus encerrou a sexta-feira abaixo dos 20 mil casos. É a primeira vez que isso acontece desde o auge da explosão de contágios pela variante Ômicron, em 31 de janeiro deste ano, quando o indicador ultrapassou a média de 188 mil infecções. Em relação às mortes pela COVID-19, conforme apuração independente de consórcio de veículos de imprensa, a média foi de 111, a mais baixa desde 7 de janeiro, quando a variação foi de 110 óbitos.

Na noite de hoje, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, deve fazer um balanço das ações do governo contra o coronavírus, com transmissão em rede nacional, e existe a expectativa de que anuncie o fim de medidas especiais adotadas para combater a pandemia no país. Na última quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer que o Ministério da Saúde deve rebaixar o status da pandemia para endemia “nos próximos dias”. Essa pressão começou no finzinho de fevereiro e era esperada pelo chefe do Executivo que fosse anunciada ainda em março.

Essa cobrança aumentou de intensidade depois que pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no mais recente boletim do Observatório COVID-19, divulgado em 10 de abril, avaliaram que a terceira onda de coronavírus, provocada pela Ômicron, estava em fase de extinção no Brasil, apesar de ressalvarem que isso não significava o fim da pandemia no país. Para chegar a essa conclusão, eles se basearam na redução gradual das principais taxas usadas para medir a gravidade da pandemia — como as de casos graves, internações em UTIs e mortes — das últimas semanas, além do avanço da vacinação e do índice menor de letalidade das infecções provocadas pela cepa.

Na avaliação dos cientistas do observatório da Fiocruz, também pesaram dados indicando que o percentual de infecções por coronavírus entre os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) era o menor já registrado desde o início da crise sanitária no país. E, ainda, o fato de que, pela primeira vez, desde maio de 2020, nenhum dos 26 estados nem o Distrito Federal superou a marca de 0,3 mortes por 100 mil habitantes, em decorrência da COVID-19.

Queiroga já disse que a mudança de classificação da pandemia não está entre as competências do governo federal. Essa atribuição é da Organização Mundial da Saúde (OMS). Mas o ministro, que já discutiu a questão com os presidentes da Câmara, do Senado, do Supremo Tribunal Federal e, agora, busca um entendimento com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pode sim decretar o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin), que está em vigor no país desde 2020. No pronunciamento do auxiliar, hoje, Bolsonaro espera, no mínimo, o anúncio de medidas de flexibilização que indiquem o fim da crise sanitária no país.

Na última quarta-feira, os diretores da OMS responsáveis por essa decisão concluíram que “a pandemia de COVID-19 continua a ser uma emergência de saúde pública de importância internacional”. Diante disso, eles rejeitaram a possibilidade de alterar o status da crise epidemiológica nos próximos dias. Já os cientistas da Fiocruz, quando anunciaram que a terceira onda de coronavírus no Brasil estava próxima da extinção, alertaram que o risco de surgimento de novas variantes não está descartado. Por isso, ressaltaram a importância de o país intensificar a vacinação de crianças, a aplicação de doses de reforço em adultos e o uso de máscaras em ambientes fechados. Medidas que podem evitar retrocessos no combate ao vírus. 


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