(none) || (none)
UAI

Continue lendo os seus conteúdos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/mês. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas editorial

Otimismo e cautela

Para epidemiologistas, o país precisa chegar aos 80% da população com vacinação completa para afastar de vez o risco de um retrocesso no combate ao coronavírus


28/09/2021 04:00

A pandemia caminha para o fim no Brasil? A pergunta intriga especialistas, que pedem cautela. O fato é que, desde junho, mantém-se no país a tendência de queda na média móvel dos números relativos a mortes, casos e internações graves por coronavírus, apesar de uma ou outra flutuação pontual, geralmente provocada pela atualização de dados represados nos estados, a exemplo do que fizeram recentemente São Paulo e Rio de Janeiro.

Quanto aos motivos da redução desses indicadores, o Observatório COVID-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que monitora semanalmente a evolução da pandemia no Brasil, não deixa lugar a dúvidas: a regressão nos indicadores, destacam pesquisadores da instituição, ocorre à medida que a vacinação avança no território nacional. Até ontem, o total de brasileiros adultos vacinados com a primeira dose ou dose única da Janssen estava em torno de 92%, enquanto esse percentual na população total era de cerca de 70%.

No que diz respeito ao contingente de habitantes totalmente imunizados, com duas doses ou a dose única, o percentual é de pouco mais de 40%. Para epidemiologistas, o país precisa chegar aos 80% da população com vacinação completa para afastar de vez o risco de um retrocesso no combate ao coronavírus.

Por enquanto, alertam pesquisadores, países que, em determinados momentos, chegaram a ter taxas de imunização maiores que a do Brasil, como os Estados Unidos, Israel, Reino Unido e membros da União Europeia, enfrentaram reviravoltas provocadas pela variante Delta e tiveram de recuar nas medidas de volta à normalidade.

Identificada na Índia, a Delta é altamente contagiosa e logo se tornou a cepa predominante no mundo. Nos EUA, a mutação fez o número de casos disparar de forma assustadora e elevou o número de mortes para mais de 2 mil por dia. Lá, mesmo contando com vacinas de sobra, a Casa Branca esbarra na resistência de cerca de 40% da população, que se recusa a tomar o imunizante.

Felizmente, o Brasil é um dos países com melhor aceitação da vacina. Aqui, o número de imunizados só não é maior devido à escassez de doses disponíveis. E, na opinião de especialistas, essa pode ser uma das explicações para o fato de a Delta não estar provocando danos ainda mais graves no território nacional.

Além disso, destacam os estudiosos, os brasileiros estão entre os povos com maior aceitação ao uso de máscaras, medida que, aliada à vacinação, ajudou decisivamente, a reduzir o contágio. De qualquer forma, eles observam que em outubro de 2020 o país parecia se inclinar para o fim da pandemia e, após as festas de fim de ano e carnaval, houve a reviravolta, chegando à média de mais de 3 mil mortes diárias em abril.

Por isso, o que os cientistas pedem é cautela e recomendam: além de tomar a vacina, todos devem continuar a usar máscara até a certeza de que, de fato, superamos essa etapa da pandemia.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)