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Estado de Minas editorial

A terceira onda e a economia

O país corre o risco de afundar em mais um terrível período de incertezas


30/05/2021 04:00 - atualizado 29/05/2021 21:58

Depois de dados do Banco Central de janeiro, fevereiro e março indicarem que, apesar da pandemia, a economia brasileira está, de fato, crescendo acima das estimativas de analistas de mercado – que foram revisadas para cima, saindo de cerca de 3% para em torno de 4% e, agora, avançam em direção a 5% –, uma nova ameaça paira sobre o Brasil: uma devastadora terceira onda de coronavírus.
 
Há sinais de que o fenômeno já estaria em curso. Prova disso seria o aumento no número de casos e de internações por COVID-19, além de uma média de mortes que se mantém em torno de 2 mil registros diários no país. Existe, ainda, o risco de esse cenário ser agravado pela variante indiana, já identificada em pelo menos três estados: Minas Gerais, Maranhão e Rio de Janeiro.
 
Se o Brasil dispusesse de vacinas em quantidade suficiente para acelerar a imunização, dizem especialistas, o agravamento da catástrofe sanitária – que ruma para os 500 mil mortos no território nacional – poderia até ser aliviado. Mas, sem poder contar com a vacinação em massa para frear a escalada da COVID-19 e salvar vidas, não resta alternativa a governadores e prefeitos a não ser intensificar medidas restritivas de isolamento social, como fez o estado de São Paulo ao anunciar a suspensão da reabertura gradual do comércio e de outros estabelecimentos, prevista para ocorrer apartir de 1º de junho.
 
Com isso, apesar da resiliência demonstrada por empresários nacionais em meio à segunda onda da pandemia – a mais letal até agora –, a economia nacional pode sofrer um novo baque, com consequências trágicas para a retomada do crescimento. Até o presente momento, contudo, é surpreendente como indicadores apontam para um desempenho positivo da economia neste ano. É o caso do IBC-Br, apurado pelo Banco Central. 
 
Espécie de prévia do Produto Interno Bruto (PIB) – índice que mede o crescimento da economia –, o IBC-Br sinaliza para alta de 2,3% na atividade produtiva do país no primeiro trimestre de 2021. Ao contrário do que acreditava a maioria dos analistas de mercado, os dados mostram que a economia se manteve ativa no início do ano. A tendência de expansão do PIB é reforçada, também, pelo aumento de 0,5% na concessão de crédito pelos grandes bancos em abril – o melhor resultado para o mês desde 2014 –, conforme pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
 
Além disso, na última quarta-feira, o Ministério da Economia anunciou que abril foi mais um mês positivo para a criação de empregos formais, com a abertura de 120,9 mil vagas. No ano, já haviam sido anunciadas 261 mil vagas em janeiro, 389 mil em fevereiro e 177 mil em março, de acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). 
 
Mesmo com a diminuição do número de vagas nos dois últimos meses, especialistas classificaram o resultado como positivo. No entanto, a chegada de uma terceira onda de COVID-19 assombra o Brasil, com a ameaça de intensificação das mortes, da dor irreparável das famílias, dos danos perversos à saúde, à educação, à economia. Enfim, caso se confirme uma nova escalada letal do coronavírus, o país corre o risco de afundar em mais um terrível período de incertezas.


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