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Todo dia é dia da árvore


23/09/2020 04:00

Luiz Carlos Amorim
Escritor, editor, revisor, fundador e presidente do Grupo Literário A Ilha

E está aí, de novo, a semana do dia da Árvore, e acho que não temos muito para comemorar, pois nós, seres humanos, não sabemos ou não queremos cuidar bem da natureza. Nós não cuidamos do nosso meio ambiente, não protegemos as árvores que nos dão tudo, até o ar que respiramos e sem o qual não vivemos. O resultado é um planeta cada vez mais maltratado e poluído, com cada vez menos condições de dar sustentação à vida.

Eu não tenho árvores grandes em minha casa, pois meu jardim é pequeno e é o único lugar onde tem um pouquinho de terra para plantar. E gostaria de ter uma grande área para plantar muitas árvores e cuidar bem delas.

Mas tenho meus pés de jacatirão, jovens, pequenos, mas que florescem lindamente, alguns pés de araçá, pequenos, embora produzam abundantemente, e um pé de mamão papaia que brotou de alguma semente jogada na terra e está carregadinho. Eles me fazem festejar o Dia da árvore, eles me lembram da importância vital do verde para o ser humano.

E por falar em jacatirão, o manacá-da-serra, aquela variedade de jacatirão do inverno que floresce em julho, ainda está florido, fazendo companhia para os ipês, que estão cobertos de sol. Já nem sei mais direito a época de florescência deles, dos ipês, com todo esse descompasso do tempo, resultado do nosso descaso para com o meio ambiente, que tem mudado tudo, inclusive as estações.

Dá gosto ver árvores majestosas como o ipê, o jacatirão, o jacarandá, a primavera, o flamboaiã, exibirem suas flores e suas cores e, às vezes, algumas das florescências em épocas diferentes, florescendo ao mesmo tempo: é uma coisa que não é normal, pois o manacá-da-serra, que floresce em julho, dificilmente alcançaria a florada do ipê. E a nossa primavera entra, assim, ornada com as flores douradas do ipê, que irradiam luz, e as flores do jacatirão-manacá, que ainda persistem. Persistem, apesar do nosso descaso para com a mãe natureza.

Como eu já disse em outra crônica, eu gosto de árvores. Gosto de muitas coisas: de um sorriso de criança, de um rio de águas claras, de flores, campos e praças. Gosto da natureza, simplicidade, pureza, de terra, mar e de sol. E gosto muito de árvores. Gosto delas na primavera, no inverno, no verão e até no outono. Gosto do verde das árvores, gosto das cores das suas floradas, gosto da sua sombra, dos seus frutos. Gosto de árvores pequenas, médias e grandes, símbolos da natureza. E parabenizo todas elas, que nos dão tanto, a todos nós, até purificam o ar que respiramos e nós cuidamos tão pouco delas... 

Que não nos lembremos de refletir sobre o valor das árvores em nossas vidas apenas num dia do ano reservado a elas. Precisamos nos conscientizar de que sem elas não sobreviveremos neste planeta que já foi mais azul. Se não protegermos nossas matas, nosso verde, a água desaparecerá e tudo virará deserto. E a vida não resiste em desertos.

Todo dia é dia das árvores, é dia da vida.


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