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Que Suprema vergonha!


postado em 11/11/2019 04:00

Fábio P. Doyle
Da Academia Mineira de Letras 
Jornalista

Que vergonha! Que vexame! Que Supremo de baixarias! Se tudo tivesse acontecido no Supremo, quinta-feira passada, como o bom senso recomenda, a decisão sobre a possibilidade ou não de um réu condenado em segunda instância ser preso teria sido adiada. Quatro ministros – Luiz Fux, Edson Facchin, Luiz Roberto Barroso e Alexandre de Moraes – já haviam votado a favor da prisão. Contra, votaram Lewandowski, Marco Aurélio e Rosa Weber. Faltavam os votos de quatro – Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Celso de Mello e Dias Tofolli. Dos quatro, sabia-se que a ministra votaria a favor da prisão, somando cinco votos, e três contra. O que daria, como aconteceu, o placar final de 6 a 5, contra a prisão em segunda instância, decisão com objetivo básico de tirar da cadeia o Sr. Lula, tido e provado chefe da quadrilha que assaltou o Brasil, acabar com a Lava-Jato e atingir o ex-juiz, hoje ministro da Justiça, Sergio Moro.

A esperança que resta aos que querem bem ao país estava nas mãos da mineira ministra Cármen Lúcia. Com base no que ela fez quando na presidência do STF, não incluindo na pauta das sessões questões polêmicas. Bastaria um pedido de vista para melhor estudar o tema, o que evitaria a prevista vitória da chamada pelos funcionários da corte, “ala podre” do STF. Pois ela poderia ficar com o processo até 2020, quando os ânimos já estivessem mais calmos, talvez, até com a PEC em tramitação no Congresso, incluindo a prisão em segunda instância na Constituição, já aprovada. Mas ela decepcionou, leu seu voto e permaneceu calada o tempo todo. Ao contrário de Luiz Fux, que aparteou a “ala podre”. Sobre a PEC, uma observação: por decisão do deputado Rodrigo Maia, que discorda da tese, ela está paralisada em sua tramitação. Uma pena, pois aprovada, evitaria todos os problemas e crises. Ah, Sr. Maia!

Agora, resta esperar (escrevo na madrugada de sexta-feira) a soltura de Lula, as manifestações de regozijo dos petistas e comunistas, e o protesto dos que não concordam com a impunidade. Aliás, eles permaneceram em frente ao STF até o final da sessão, com faixas e gritos. Estranha-se, as TVs (Globo e outras), que cobriram o julgamento, não filmaram os manifestantes, fato jornalístico importante.

Outra 
A tentativa de envolver o presidente Jair Bolsonaro no assassinato da vereadora Marielle Franco repercutiu e foi o assunto dominante da semana. Os que não gostam dele, os que estão sendo prejudicados pelos cortes de verbas concedidas nos governos anteriores de forma irregular, protestam e procuram sabotar e derrubar o seu governo. Uma campanha diária, impiedosa, criminosa e impatriótica, como nunca antes se viu na história da nossa claudicante República. Bolsonaro, atingido em cheio pela divulgação de um falso e possivelmente montado depoimento do porteiro do seu condomínio residencial, reagiu como reagiria qualquer pessoa normal, com expressões fortes, talvez fortes demais para os que estavam acostumados com o controle verbal dos homens públicos do passado, dos séculos anteriores. Mas nenhum deles foi perseguido e agredido como ele tem sido. Se você, inocente, fosse acusado de estar envolvido em um crime de morte, qual seria sua reação? A primeira: mandar o acusador desonesto àquele lugar. Segunda, exigir a apuração da origem e do motivo da acusação falsa. Terceira, entrar na Justiça exigindo punição dos responsáveis e indenização pelos danos morais que lhe causaram. As duas primeiras foram feitas. Falta a terceira, que o será, certamente. A má-fé dos que, usando a imprensa, tentaram envolver o presidente, se torna mais evidente quando se analisa o noticiário publicado. A forma indireta de confundir o leitor, na titulação, na elaboração das manchetes, é usada e abusada. E não apenas pelos órgãos mencionados pelo presidente, mas por jornalistas saudosos dos tempos irresponsáveis do petismo, dito esquerdista, aderente e subserviente ao castrismo cubano e suas filiais. 

Exemplo. Matéria publicada em jornal anti-Bolsonaro relatava todo o episódio do falso depoimento do porteiro – falsidade provada e comprovada pelo Ministério Público. O repórter contou o que o porteiro disse: a ligação via interfone para a casa do presidente, no tal condomínio, ligação que teria sido atendida pelo “seu Jair”, autorizando a entrada de um dos assassinos de Marielle, Élcio Queiroz, que entrou e se dirigiu, contou o mesmo porteiro, para a casa do seu comparsa no crime, Ronnie Lessa, e não para a casa do presidente. A matéria esclarece, ainda, que registros da Câmara dos Deputados e fotos de um evento social comprovariam que Bolsonaro, naquele dia, naquela hora, não estava no Rio, em sua casa, mas em Brasília, o que caracterizaria a falsidade evidente do depoimento.

Apesar do texto da matéria, o título, manchete de página, com chamada de capa, procurou confundir o leitor, especialmente aquele que só lê títulos: “Porteiro envolve Bolsonaro no assassinato de Marielle”. Sem esclarecer que o envolvimento era falso, impossível, como se constatou. Quem leu só o título ficou certo de que o presidente estaria mesmo envolvido. O objetivo do autor do título era esse mesmo.

O “novao jornalismo” deveria ser novo, inovador, mas não faccioso e aético, como é praticado por alguns órgãos, felizmente nem todos. Bolsonaro é a vítima preferida. Ele e seu governo, alvos da campanha indecorosa. O que se refere a ele e sua equipe, seja o que for, é investigado à procura de alguma falha, de algum erro. Exemplo. Três promotoras de Justiça investigaram tudo o que se relacionava com o depoimento manipulado do porteiro. E concluíram que tudo fora forjado para envolver o presidente. Deram, as três, uma entrevista coletiva, a pedido da imprensa. Ficou nisso, não? O mesmo grupo jornalístico acusado por Bolsonaro mandou pesquisar a vida e a carreira funcional das três. Descobriram, e publicaram com estardalhaço, que uma delas teria manifestado em 2017 seu apoio à candidatura dele a presidente, usando sua foto na blusa. Pronto. Segundo aquele jornal, ela estaria impedida, por isso, de atuar no processo, que estaria nulo... A promotora foi execrada pela imprensa, o que a fez, constrangida, pedir seu afastamento do processo. Então, nenhum magistrado, nenhum representante do MP, pode ter candidato ou demonstrar simpatia por um deles? O voto é obrigatório, todos votaram no nome que julgaram o melhor, todos se manifestaram, para a família, para os amigos, como ela fez, sua preferência. Devem ser punidos por isso?


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