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Estado de Minas EDITORIAL

Soberania intocável

Em hipótese alguma o Brasil irá concordar em discutir, em nível mundial, a soberania de parte de seu inviolável território


postado em 28/08/2019 04:00 / atualizado em 28/08/2019 13:28

Inadmissível qualquer alusão à internacionalização da Amazônia, como a feita pelo presidente francês, Emmanuel Macron, no final da cúpula do G7, grupo de países mais ricos do mundo, ocorrida na charmosa Biarritz, no litoral sul da França. O Brasil não aceita qualquer ingerência externa em seus assuntos internos. No entanto, o país está aberto a todo tipo de colaboração de outras nações no combate às queimadas e ao desmatamento que vêm devastando a Região Amazônica. Isso, desde que sob controle total e absoluto do governo brasileiro, em territótio nacional e em parceria com os demais países que abrigam o bioma sem igual no mundo.
 
A sociedade brasileira não pemitirá qualquer ameaça à soberania nacional. Ela é intocável. Se o líder franco tinha a intenção de colocar as demais lideranças de peso mundiais contra o a política brasileira relativa à floresta amazônica, não logrou êxito. Não houve consenso entre os mandatários dos Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Itália, Canadá e Japão (a China não faz parte do grupo) e nenhum comunicado conjunto foi assinado condenando o Brasil por causa das queimadas e do desmatamento que todos os anos ocorrem na Amazônia. Depois da cúpula, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou a manifestar, através das redes sociais, apoio às ações do governo brasileiro para debelar o fogo que consome a floresta nesta época de seca.
 
Neste episódio, a postura do presidente Jair Bolsonaro tem sido acertada. Não há justificativa para que Macron sugira a criação de um estatuto internacional para a Amazônia, se um Estado – no caso, o Brasil – fosse, na visão dele, contrário aos interesses do planeta. O presidente francês ultrapassa todos os limites do razoável quando diz que o desafio climático mundial é tão grave e de tamanha grandeza que nenhum Estado pode assumir sozinho o problema e que a questão está em aberto para os próximos meses e anos. Ele, inclusive, revelou que levará o debate para a próxima Assembleia Geral da ONU, em Nova York, no próximo mês. Ou seja, acena com a possibilidade de intervenção externa.  
 
Todo tipo de auxílio internacional é bem-vindo para a preservação da maior floresta do planeta, mas apenas sob a inegociável condição de que a proposta de outros países, sobretudo da Europa, respeite a soberania nacional das nações (Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela) que integram a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica, único bloco socioambiental dedicado à região. Que a ajuda de fora esteja sob total e inconteste controle desses Estados-membros do organismo internacional.
 
No embate com o Brasil, não se pode esquecer que Macron, de acordo com especialistas independentes, pode estar tentando criar um clima de beligerância para jogar com o público interno de seu país. Isso, para ter o pretexto e abrir confronto com o agronegócio brasileiro, inclusive com o retorno dos embargos internacionais às commodities brasileiras, com o intuito de proteger os produtores rurais franceses. A verdade é que os demais líderes do G7 não caíram na armadilha do francês e ele ficou isolado. E o inquestionável é que, em hipótese alguma, o o governo brasileiro irá se subjugar aos interesses econômicos de outros países gconcordar em discutir, em nível mundial, a soberania de parte de seu inviolável território, e jamais cederá a interesses de outros países.
 


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