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Destaques dos quadrinhos franceses estreiam no Brasil

"Lone Sloane", livro de Philippe Druillet, um dos maiores ilustradores do século 20, e "A bela morte", de Mathieu Bablet, falam de catástrofes e aventuras cósmicas


postado em 04/07/2019 04:04

A bela morte, de Mathieu Bablet, traz influência de Druillet (foto: Mathieu Bablet/Divulgação)
A bela morte, de Mathieu Bablet, traz influência de Druillet (foto: Mathieu Bablet/Divulgação)
Dois dos principais quadrinistas franceses de ficção científica têm trabalhos publicados pela primeira vez no Brasil: Philippe Druillet, um dos maiores ilustradores europeus do século 20, e Mathieu Bablet, revelação da década. Diferentes gerações, linguagens semelhantes.

Druillet, de 74 anos, é autor da saga Lone Sloane (1966-2012), com suas melhores histórias reunidas em um álbum pela Pipoca & Nanquim. A obra narra as aventuras de um viajante do espaço que se depara com divindades além da compreensão humana, semelhantes às criações lovecraftianas. O anti-herói se assemelha a Han Solo, e o próprio George Lucas nunca escondeu a influência de Lone Sloane, tanto temática quanto graficamente, em Star wars.

Ao lado de Jean Giraud (Moebius), Druillet foi um dos fundadores da revista Métal Hurlant, publicação que ajudou a elevar os quadrinhos ao patamar de arte nos anos 1970. Suas histórias cósmicas foram responsáveis por muito do conceito visual que temos do espaço, e Druillet é conhecido pelas inovações gráficas – como os painéis emoldurados e as divisões incomuns entre quadros –, além do estilo absurdamente detalhado de desenho, com traços finos, modelados à exaustão, e ambientes com arquiteturas que chegam à extravagância.

Mathieu Bablet, de 32, chega ao Brasil pela primeira vez com duas HQs. O pós-apocalíptico A bela morte (Sesi-SP) acompanha sobreviventes de uma catástrofe que precisam aprender a conviver em uma cidade deserta, enquanto a subtrama de mistério sobrenatural se desenvolve. Ele recupera os temas lovecraftianos de Druillet, assim como em Shangri-la retoma os cenários cósmicos expansivos de Lone Sloane. (Estadão Conteúdo)

LONE SLOANE
• De Philippe Druillet
• Pipoca & Nanquim
• 340 páginas
• R$ 129,90

A BELA MORTE
• De Mathieu Bablet
• Sesi-SP
• 160 páginas
• R$ 89,90

Três perguntas para...
Mathieu Bablet
quadrinista

Suas HQs abordam a solidão. É um antídoto ao nosso mundo superpovoado?
Há sempre uma questão de escala entre nós e o mundo. Acho que a solidão pode ajudar a demonstrar quão ínfimos somos, como nossas vidas passam rápido, como deveríamos pensar no todo. Em um mundo superpovoado e conectado, a solidão pode ser vista como uma maneira de dar uma pausa e refletir sobre nós e o que nos circunda.

Como conciliar dramas particulares com questões universais?
A ficção científica é a melhor forma de falar das questões contemporâneas. Ela permite contar uma história e falar dos problemas atuais, pois leva os leitores a lugares onde não querem de fato estar no futuro próximo. Pode ser um aviso, um manifesto ou como deveríamos reagir para evitar que nosso mundo se torne esse lugar.

Philippe Druillet está sendo publicado pela primeira vez no Brasil. Ele o influenciou?
Druillet e Moebius são enormes influências por seus mundos repletos de detalhes para permitir que o leitor sinta os locais diante de seus olhos. A Métal Hurlant, onde trabalharam, é o tipo de ficção que quero fazer, pois o sci-fi dos anos 1970 foi muito rico para as HQs, com artistas criando visuais malucos e histórias sombrias.


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