(none) || (none)
UAI

Continue lendo os seus conteúdos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/mês. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas

A insaciável máquina do desperdício


postado em 19/06/2019 04:08

Já é consenso geral que a máquina pública brasileira é insustentável em relação ao que o país arrecada. Os gastos com salários, aposentadorias, pensões, verbas de gabinete, contratação de assessores, privilégios, mordomias, festas etc. são um escandaloso e abjeto desperdício de dinheiro do contribuinte que, em contrapartida, não tem segurança, escola, hospitais, creches, estradas decentes, infraestrutura. Não tem direito a uma vida digna e nem esperança de um futuro melhor. Por máquina pública entendemos os três poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário, e os três níveis de governo: federal, estadual e municipal. Perto de 80% da arrecadação de impostos vai para alimentar essa monstruosidade que, aliás, só cresce. Um escândalo sem tamanho, um peso insuportável que a população carrega e que só será eliminado com uma mudança do sistema político brasileiro.

Vejamos alguns dados novos sobre os municípios brasileiros, onde a vida dos contribuintes acontece. O Brasil tem 5.570 municípios e, desses, cerca de 1.400 têm até 5.000 habitantes; 1.300 têm de 5.001 até 10.000 habitantes, e cerca de 1.400 de 10.001 até 20.000 habitantes. Por lei, esses 4.100 municípios precisam ter, no mínimo nove vereadores.

Pergunta: o que um vereador pode fazer, politicamente, em uma cidade de 10.000 habitantes?. Agora, vamos imaginar por que se precisa de nove vereadores. Isso significa que temos um vereador para, praticamente, 1.000 habitantes! Será que essa proporção é a mesma para médicos, dentistas, políciais militares, escolas e outros serviços essenciais? Será que essa é a proporção de professores qualificados nessas pequenas cidades? Além do óbvio custo para a população, certamente esses vereadores vão criar leis para justificar seu salário, leis que, provavelmente, não trarão nenhum benefício para a população. Mas não creio que devemos pedir para extinguir a Câmara Municipal. Acredito que devemos lutar para que esses nobres políticos sejam, realmente, servidores públicos, ou seja, que cidades de até 20.000 habitantes não remunerem seus vereadores. Que seja um serviço voluntário, pois certamente eles não precisam doar todo o seu tempo para a cidade. Seria uma espécie de conselho de cidadãos e cidadãs que se reuniriam uma vez por semana durante, talvez, três horas. Creio que o farmacêutico, o padre, o delegado de polícia, o dono do posto de gasolina devem conhecer a maioria dos munícipes e suas necessidades. Não precisam deixar suas atividades normais para exercer um serviço público. Além disso, a enorme maioria dessas cidades não gera receita para pagar seu funcionalismo, vivendo de repasses (favores) dos governos estadual e federal.

Aumentando a discussão, podemos questionar por que eles existem como municípios, se não geram renda para se manter? A máquina de desperdício de dinheiro em causas inúteis gera ignorância, desnutrição e morte, pois deixa a população necessitada desassistida. O atual sistema político brasileiro é, na essência, um inimigo da nação.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)