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FGV Ibre e os indicadores macroeconômicos

Por todos os aspectos que possam ser observados, o FGV Ibre tem presença vigorosa entre os países latinos, impondo-se pelo pioneirismo e esmero, como referência na produção de dados que podem balizar a elaboração de políticas públicas. Ou, em poucas palavras, um case primoroso


postado em 22/01/2019 05:04

 

 

 

 








Em mais de duas décadas da revista Case Studies – especializada em casos de management, hoje disponível somente em formato digital –, jamais nos deparamos com um órgão cuja produção intelectual fosse tão vultosa quanto a do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). A pesquisa econômica aplicada e a decorrente profusão de índices, análises e estatísticas compõem um case ímpar na América Latina.

Criado pelo economista Eugenio Gudin, a unidade foi responsável pelo embrião dos sistemas de cálculo oficial da inflação e do PIB brasileiros. Hoje, o FGV Ibre produz cerca de 30 indicadores de atividade econômica, contas públicas, mercado de trabalho e produtividade.

No ano passado, só em quatro contratos da área que trabalha com projetos customizados para o mercado, a Superintendência de Clientes Institucionais, foram cerca de 120 milhões de dados para produção de análises de setores como imobiliário, automotivo e farmacêutico. São projetos que englobam desde a formação e a análise de preços ao levantamento do volume de vendas; todos com o objetivo de orientar as decisões de empresários, consumidores e gestores governamentais. Alguns desses parceiros do FGV Ibre são OLX, Auto Avaliar, Associação Brasileira das Entidades de Crédito e Poupança (Abecip) e Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma).

Outro trabalho que me saltou aos olhos foi a criação do Índice de Inflação Interna para o governo do Ceará. A ferramenta – balizadora de preços de bens e serviços consumidos por órgãos do governo – será utilizada este ano como apoio à gestão pública, pois auxiliará na tomada de decisões sobre orçamentos, assinaturas e reajustes de contratos, além de permitir que o governo elabore estratégias para compras governamentais.

O Índice de Inflação Interna é elaborado a partir de três variáveis: banco de preços, que considera os praticados pelo mercado e os valores pagos pelo governo por cada item, o peso de produtos e serviços em cada órgão do governo, além do peso do item de acordo com sua variação de preço. O projeto envolve a análise de 214 mil registros de compras desde 2015 e foi desenvolvido no âmbito do Programa por Resultados (PforR) do Banco Mundial, em uma parceria com o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece). Embora o estado estivesse em ordem do ponto de vista fiscal, o trabalho do FGV Ibre, visando às despesas, complementa as ações na receita e confere mais transparência à gestão.

O monitoramento do sobe e desce dos preços – sempre de excelência e inovação, é importante reiterar –, motivou, ainda, o lançamento do Portal da Inflação, em dezembro, uma plataforma criada para reunir os principais dados sobre os índices de preço divulgados no país. As informações, apresentadas em dashboards, possibilitam que economistas, especialistas e interessados no mercado consigam ter um panorama dos indicadores que influenciam na variação dos preços. Destaque para a divulgação do Núcleo de Inflação Triplo Filtro (N-TF), sistema de cálculo do núcleo com menos volatilidade.

Ressalto, ainda, o Portal da Inflação, onde nem só os iniciados têm vez, basta ser interessado no tema. Em uma das páginas, os usuários aprendem sobre conceitos relacionados à inflação e, em outra, a "sua inflação". Ao inserir dados de gastos no mês, é possível calcular o próprio índice, além de comparar com a média nacional. A ferramenta permite, ainda, que o usuário obtenha um relatório do percentual que cada item representa no próprio orçamento, para que possa reorganizar suas finanças.

Grande parte da produção do FGV Ibre é de dados públicos. A unidade tem um portal onde publica seus indicadores e pesquisas, além de vídeos de eventos realizados e obras de autoria de seus pesquisadores. Há, ainda, outros sites com informações macroeconômicas relevantes para especialistas, estudantes e gestores públicos, que não posso deixar de mencionar. O Observatório de Política Fiscal, lançado em março, é uma ferramenta de compartilhamento de análises, séries históricas, artigos acadêmicos e dicas de capacitação em gestão e orçamento públicos. Já o Blog do Ibre publica estudos inéditos de pesquisadores da casa e de especialistas convidados. O canal já conta com mais de 200 análises.


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