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Estado de Minas SÃO PAULO

Bebê de 1 ano tem parte do rosto dilacerada por cachorro

Criança passou por uma cirurgia reparadora na bochecha e na orelha e está estável, mas segue, pelo sétimo dia, em observação na Santa Casa de Santos


25/01/2023 20:27 - atualizado 25/01/2023 21:30

Criança que teve parte do rosto dilacerado
Théo, de um ano, passou por cirurgia reparadora na orelha, que foi rasgada, e na bochecha, dilacerada após uma mordida de um cachorro (foto: Arquivo pessoal)
Um bebê de um ano teve parte do rosto dilacerada ao ser atacado por um cachorro da raça labrador, em São Vicente, litoral de São Paulo. Théo Lemos estava na casa da babá quando o acidente ocorreu, na última quarta-feira (18/1). A criança passou por uma cirurgia reparadora na bochecha e na orelha e está estável, mas segue, pelo sétimo dia, em observação na Santa Casa de Santos.

A mãe de Théo, Kawany da Silva, contou ao g1 que o ataque ocorreu pouco depois dela deixar o filho na casa da babá para ir ao curso técnico de enfermagem. Quando ainda estava na rua da profissional, foi chamada por ela, que contou sobre o acidente.

O cachorro, uma mistura de pastor alemão com labrador, pulou sobre Théo assim que um portão que dá acesso ao interior da residência foi aberto. Kawany acredita que o animal estava com ciúme da criança por não poder entrar dentro da casa.

Depois de pular sobre o bebê, o cachorro deu uma mordida, que rasgou parte da orelha e dilacerou a bochecha do menino. A babá abordou a mãe e juntas levaram o menino ao Hospital do Vicentino, instituição de saúde pública da cidade.


No entanto, os médicos do local afirmaram que fariam apenas uma sutura, mas Kawany entendeu, pela gravidade dos ferimentos, que o filho precisaria de uma cirurgia. Ela foi informada que não havia profissionais na unidade para fazer o procedimento.

“Nos mandaram ir para outro hospital, pois lá não havia profissional. E dois cirurgiões bucomaxilos disseram que não poderíamos utilizar o Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência] para a transferência, que eu teria que ir por meios próprios. Após todo o descaso fomos para a Santa Casa de Santos", contou a mãe do garoto ao g1 Sp.

Cirurgia


O garoto passou por uma cirurgia reparadora na orelha e na bochecha, assim que chegou na Santa Casa de Santos. O valor do procedimento foi de R$ 6 mil, pagos por Kawany com a ajuda de familiares e amigos. Ainda há, no entanto, mais custos a serem pagos: com alta prevista para até 14 dias, a mulher deve pagar a diária de R$ 900 e os materiais usados diariamente no cuidado do filho — os dois já estão há sete dias no hospital.

“Por se tratar de rosto e orelha, há preocupação com infecções e outras probabilidades, por isso vamos orar e continuar fazendo o que está dentro da nossa realidade”, detalhou a mãe. “Théo segue com quadro positivo, brincando, se alimentando”, compartilhou.


Para conseguir pagar a conta médica, ela promove uma rifa na internet e também tenta inserir o nome de Théo na Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross) para conseguir que o tratamento seja concluído no Sistema Único de Saúde (SUS).

“Estamos lutando para colocá-lo no programa Cross, mas eles [a Santa Casa] têm alegado que não há possibilidade, pois o hospital de São Vicente deveria ter incluído o Théo, mas nem isso eles fizeram”, informou.

Kawany também diz que algumas pessoas falam para a babá custear todos os custos por ter sido na casa dela o acidente, mas a mãe de Théo afirma que a mulher não foi culpada.

“Foi uma fatalidade. Ela não teria condições financeiras, assim como eu não tenho, para arcar com os custos hospitalares”, pontua. A mulher também diz que a babá sempre tratou o menino bem e que o carinho dela por Théo “é nítido”.

Para quem deseja ajudar nos custos hospitalares da recuperação do Théo, pode saber como aqui.

O que diz a Prefeitura de São Vicente


Em nota, a Secretaria da Saúde de São Vicente, por meio da prefeitura municipal, informou que Théo foi acolhido e "prontamente atendido" pela pediatra que estava no plantão que, "devido à complexidade do caso, solicitou avaliação do bucomaxilo". "Após o exame do especialista, a mãe recusou prosseguir com o atendimento, assinou o relatório médico oficializando sua decisão e informou que iria para Santa Casa de Santos", escreveu o órgão.

Devido à saída de Kawany do hospital, "não foi solicitada vaga para a criança na Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde (Cross)". A Secretaria informa, ainda, "que está instaurando sindicância para apurar os fatos". 


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