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Estado de Minas BRASIL

Morre yanomami com quadro grave de desnutrição que teve foto divulgada

A organização pediu que a imagem dela não seja mais usada, em respeito à cultura do povo


22/01/2023 20:47 - atualizado 22/01/2023 22:49

O Ministério da Saúde decretou estado de emergência para combater a falta de assistência sanitária que atinge os yanomâmis
O Ministério da Saúde decretou estado de emergência para combater a falta de assistência sanitária que atinge os yanomâmis (foto: Ministério da Saúde/Divulgação)
A associação yanomami Urihi informou neste domingo (22) que a mulher da comunidade Kataroa que teve a foto divulgada para alertar sobre a crise humanitária e sanitária na região não resistiu ao grave quadro de desnutrição.

 

 

 

A organização pediu que a imagem dela não seja mais usada, em respeito à cultura do povo yanomami. Quando uma pessoa morre, não se fala mais o nome dela, todos os pertences são queimados e as fotos não são mais divulgadas, diz a associação.

 

O Ministério da Justiça determinou investigação da PF para apurar crimes de genocídio e ambiental na região. O genocídio é caracterizado pelo extermínio deliberado de uma comunidade, grupo étnico, racial ou religioso.

 

Na sexta-feira, o Ministério da Saúde decretou estado de emergência para combater a falta de assistência sanitária que atinge os yanomami.

 

Leia: Yanomamis: Lula promete assistência médica e combate ao garimpo ilegal 

 

O presidente Lula (PT) montou um comitê para elaborar medidas para combater, principalmente, a questão da fome e da segurança.

 

 

 

Essa área de Roraima é palco de confrontos violentos e frequentes entre garimpeiros e os indígenas, além de denúncias de negligência do governo do Estado e da antiga gestão Bolsonaro.

 

Crise sanitária e humanitária. Segundo o Ministério dos Povos Indígenas, 570 crianças yanomamis morreram por contaminação por mercúrio, desnutrição e fome, "devido ao impacto das atividades de garimpo ilegal na região".

 

Leia: Presidente Lula vai até Terra Yanomami para tratar da crise humanitária 

 

Jair Bolsonaro (PL) deu justificativas neste domingo (22) pelo Telegram, mas foi rebatido por Júnior Hekurari Yanomami, presidente do Considi-YY (Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye'kuana).

 

O presidente do Conselho disse que a luta deles é por dignidade e acusou o ex-presidente de "infestar os órgãos indígenas com militares que não tinham experiência técnica".

 

 


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