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Estado de Minas MISTÉRIO NA ILHA COMPRIDA

Caixas misteriosas aparecem no litoral paulista: resquícios da 2ª Guerra?

Em 2018 e 2021, materiais semelhantes foram encontrados em praias do nordeste e rastreados a navios nazistas naufragados no litoral brasileiro


11/11/2022 14:38 - atualizado 11/11/2022 15:28

Caminhonete com quatro fardos.
Cada fardo tem cerca de 30 kg. Eles demonstram ter passado muito tempo no fundo do mar - cracas, que são crustáceos que se formam em rochas e animais, como baleias, cobrem totalmente as caixas. (foto: Fundação Florestal de Iguape/Divulgação)
Foram encontrados, ao longo desta semana, 21 caixas misteriosas contendo placas de borracha em praias da Ilha Comprida, no litoral sul de São Paulo. Os materiais podem ter se desprendido de navios naufragados durante a Segunda Guerra Mundial.

Cada fardo tem cerca de 30 kg. Eles demonstram ter passado muito tempo no fundo do mar – cracas, que são crustáceos que se formam em rochas e animais, como baleias, cobrem totalmente as caixas.

Todas elas contém apenas placas de borracha enfardadas, e nenhuma inscrição legível.

A Fundação Florestal de Iguape segue fiscalizando os 74 km de orla da praia para averiguar se outros materiais são encontrados.

Navios nazistas

Uma das hipóteses levantadas pelo biólogo e professor Clemente Coelho Junior é que as caixas vieram de um navio nazista naufragado no Atlântico. Isso porque os fardos são muito parecidos com aqueles encontrados no litoral nordestino em 2018 e 2021, e que o Instituto de Ciências do Mar (Labomar), da Universidade Federal do Ceará, apontou serem dos navios nazistas MV Weserland e SS Rio Grande.
 

Os dois compunham uma frota de três navios que saíram bases navais japonesas no sudeste asiático em dezembro de 1944, carregados com matérias primas valiosas para a máquina de guerra nazista. Mas ao entrarem nas águas do Nordeste brasileiro, eles se depararam com os marines norte-americanos e foram bombardeados; suas cargas de estanho, tungstênio e borracha ficaram desde então no fundo do mar.

Origem desconhecida 

Apesar das semelhanças, a origem das caixas é, até o momento, desconhecida. Segundo a Fundação Florestal Iguape, a orla é exposta diretamente às diversas correntes marítimas do Oceano Atlântico. É comum, afirmaram, encontrarem lixo com embalagens em árabe, japonês, mandarim, entre outras línguas. Assim, as caixas podem ter vindo de muito longe, e não há nenhuma inscrição nelas que facilite a identificação.
 
*Estagiário sob supervisão do subeditor Diogo Finelli.


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