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Estado de Minas FAMÍLIA REAL BRASILEIRA

'Família imperial' oferece orações a vítimas de Petrópolis

Cidade sofre com tragédia deixada pelas chuvas. Família Imperial recebe até hoje a 'taxa do príncipe', imposto criado no período colonial


18/02/2022 16:36 - atualizado 18/02/2022 17:26

Chuva em Petrópolis deixa destruição
De acordo com a Defesa Civil, 218 pessoas seguem desaparecidas em Petrópolis (foto: CARL DE SOUZA / AFP )
Em meio à tragédia que destruiu a cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro, e deixou mais de 100 mortos e mais de 200 aparecidos devido as intensas chuvas, os herdeiros da família real brasileira, que recebem até hoje a “taxa do príncipe", imposto criado no período colonial, ofereceram orações para os moradores da cidade.
 
Os moradores de Petrópolis, agora devastada pelas chuvas, pagam seus impostos como todos os outros brasileiros. No entanto, apesar do Brasil viver em uma República desde 1889, quem reside na cidade ainda paga até hoje um imposto criado por Dom Pedro II, o laudêmio, popularmente conhecido como a “taxa do príncipe”.
 
 
 
O imposto é cobrado porque a cidade foi o refúgio de lazer de Dom Pedro II durante o Brasil Império, por isso recebeu o apelido de Cidade Imperial. 

A “taxa do príncipe" foi criada nessa época e estabelecida depois que a coroa distribuiu lotes da Fazenda do Córrego Seca a imigrantes, em troca, eles deveriam pagar uma taxa caso vendessem o imóvel. 
 
Ou seja, de acordo com o laudêmio, quem vende os imóveis e terrenos nesta região é obrigado a direcionar 2,5% do valor da venda aos descendentes da antiga família imperial. A taxa ainda é paga por alguns moradores dos bairros mais valorizados de Petrópolis. 
 
Basicamente, o comprador só pode receber a escritura do imóvel quando o imposto é recebido. O valor ainda deve ser pago à vista, sem possibilidade de parcelamento.
 
Hoje, o imposto beneficia a família Orleans e Bragança e, em Petrópolis, é recolhido pela Companhia Imobiliária de Petrópolis, administrada por herdeiros da antiga família real.
 

Carta pós tragédia 

Por meio de carta, os herdeiros da família real brasileira mandaram ‘suas orações’ como ajuda às vítimas do temporal.

"A família imperial, tão estreitamente ligada a Petrópolis, encontra-se sempre disposta a servir ao seu povo, oferecendo ainda nossas orações e solidariedade a todos os que vêm sofrem. Rogo a Deus Nosso Senhor, por intercessão do Padroeiro São Pedro de Alcântara, que proteja e dê alento à boa gente petropolitana nesta hora de aflição e necessidade", diz trecho da carta.

Confira na íntegra:

Print da carta da família real
Carta da 'Família Real' (foto: Redes Sociais/Reprodução)

A “Família Real”

A família imperial brasileira governou o Império do Brasil entre 1822 e 1889, desde a Independência do Brasil pelo príncipe Pedro de Bragança, que depois foi aclamado imperador como Pedro I do Brasil, até a deposição de Pedro II durante a Proclamação da República, em 1889.
 
Atualmente, o bisneto da Princesa Isabel, dom Luiz de Orleans e Bragança é o chefe da Casa Imperial do Brasil e primeiro na linha de sucessão do trono.
 
Seguido dele está o príncipe imperial do Brasil, dom Bertrand de Orleans e Bragança, que completou 80 anos em dezembro do ano passado.
 

Mas por que ainda existe a família imperial brasileira?

Segundo os monarquistas, quem é rei nunca perde a majestade. Ou seja, os descendentes dos antigos monarcas insistem em manter seus títulos. 
 
Essa ação é bem comum em países que eliminaram a monarquia, como por exemplo, Brasil, França, Itália, Alemanha e Rússia.
 
Os monarquistas chegam a listar quem seria o rei hoje, e qual é a linha sucessória com os nomes dos candidatos a assumir o trono inexistente depois de sua morte.


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