![Em poucos segundos, a cobra regurgitou uma cobra d'água que tinha quase o mesmo tamanho que ela(foto: Gilberto Duwe/Reprodução) Foto da cobra capturada](https://i.em.com.br/D9NJMecMKaY80jgQMYHwvydnFV8=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2022/02/14/1344782/foto-da-cobra-capturada_1_90397.jpeg)
A cobra, uma micrurus corallinus, foi resgatada pelo grupo após ser vista próxima a uma residência. Os moradores do local perseguiram a cobra e tentaram matá-la, antes de acionarem os resgatadores. Assim que ela foi retirada do local em segurança, passou pelo processo de regurgitar uma outra cobra que havia devorada momentos antes de ser detida.
O biólogo colocou o animal dentro da caixa de madeira para fazer o transporte até um local seguro, e então observou que algo começava a sair da boca da cobra. Em segundos, o especialista percebeu que se tratava do rabo de uma cobra. Foi quando ele começou a filmar.
“Essa cobra acabou de ser resgatada aqui em uma casa e ela está vomitando outra cobra! Como as pessoas tentaram matar ela e até mesmo com o próprio procedimento de resgate, apesar de ser feito com todo cuidado, ela ficou estressada e isso faz com que ela regurgite o alimento”, explica Gilberto.
O estresse, segundo o biólogo, é apenas um motivador que desencadeia instintos. Ela vomitou não por estar estressada em si, mas porque o estresse lhe causou um alerta de que estava em perigo e, sem o alimento no corpo, ela sabe que pode fugir mais facilmente do perigo. O biólogo diz que a reação é algo comum, mas que os registros de momentos como esse são raros.
As corais
Gilberto contou que o hábito de se alimentar por cobras é uma característica marcante das corais verdadeiras. “O que muita gente não sabe é que esse tipo de cobra se alimenta de outras cobras, inclusive de jararacas. E essa daqui era uma cobra d’água, praticamente do mesmo tamanho que ela”, disse.
A micrurus corallinus é uma coral que possui um dos maiores níveis de fatalidade de veneno no ser humano, podendo causar a morte em pouco tempo. No entanto, elas não são agressivas e podem atacar apenas quando são manuseadas, ou seja, quando pessoas que a avistam querem pegá-la nas mãos.
Elas habitam, preferencialmente, em regiões próximas ao litoral e se aventuram externamente em meses quentes e chuvosos. Além dela, outras 30 espécies de corais-verdadeiras habitam o Brasil.