Ele fez a afirmação quando se referia às sequelas causadas pela doença, que agora atinge uma parcela da população com até 12 anos.
“Estamos vendo as crianças que não estão vacinadas apresentarem casos preocupantes de pós-covid. Esses dias, uma mãe de uma criança entrou em contato comigo para dizer que não conseguia ir até a esquina. O atraso à vacinação das crianças é um crime”, afirmou o médico.
Ele afirmou que, mesmo depois da quarentena pós-infecção, muitos pacientes poderão seguir com efeitos colaterais da COVID-19: “Nós podemos ter doentes que não morram, mas o número de doentes que vão permanecer continuará alto. O sistema de saúde não está preparado para recebê-los”.
Dráuzio também lembrou que os efeitos ainda estão sendo estudados minuciosamente pela comunidade científica e, muitas vezes, não há informação precisa sobre o tema.
“Há um quadro em que as pessoas alegam dificuldades de raciocinar, fazer contas de cabeça, manter conversas ou decorar textos. Isso vai permanecer por muito tempo. Pode ser que sejam partículas virais mortas que ficaram no sistema nervoso central ou problemas autoimunes ou reativação de outros vírus por causa da COVID-19. Há uma série de mecanismos não conhecidos”, afirmou.