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Estado de Minas TRAGÉDIA

Defesa reivindica julgamento técnico no caso da boate Kiss

"Meu cliente tem vivido a angústia de ser acusado de ter atuado dolosamente para a ocorrência da morte de inúmeras pessoa", diz advogado de um dos réus


28/11/2021 10:30 - atualizado 28/11/2021 10:41

Fachada boate Kiss
(foto: Renan Mattos/Esp.CB/D.A.Press)
Santa Maria (RS) — Os advogados dos réus do caso Kiss estão mos últimos preparativos para a defesa. Um dos sócios da boate, Elissandro Sphor, o Kiko, é representado pelo advogado Jader Marques. Em nota, Marques afirma estar completamente preparado para o júri.

"Meu cliente tem vivido a angústia de ser acusado de ter atuado dolosamente para a ocorrência da morte de inúmeras pessoas, mesmo ele obedecendo tudo que o poder público determinava na época para um empresário do ramo de casas noturnas", alega.

O defensor afirma, ainda, que o Ministério Público deveria cumprir o dever de zelar pela sociedade. "Ele é acusado pela mesma mão que abriu a porta da boate e permitiu o funcionamento dela", acusa Marques.

A defesa do outro sócio da boate, Mauro Hoffmann, espera um julgamento técnico. "Acreditamos que, com as provas que foram produzidas ao longo desses quase 9 anos, está mais do que demonstrado que Mauro não era administrador da Boate e não tinha qualquer atuação que lhe afastasse da condição exclusiva de um sócio-investidor", esclarecem os advogados Bruno de Menezes e Mário Cipriani em nota.

Já a defesa dos músicos, responsáveis pela compra e utilização do artefato pirotécnico, afirma inocência. A advogada Tatiana Borsa, que representa o réu Marcelo de Jesus dos Santos, conta que ele está muito abalado. "A vida do Marcelo parou no dia 27 de janeiro de 2013. A dor dele é a dor dos familiares das vítimas, porque ele é uma das vítimas da Boate Kiss, assim como toda a banda Gurizada Fandangueira". A defesa ainda destaca que jamais houve a intenção de ceifar vidas. "Eles acreditavam que a casa era segura porque os órgãos públicos foram lá e fiscalizaram", conclui.

O advogado Jean Severo, da defesa de Luciano Bonilha Leão, considera absurda a denúncia contra o cliente. "Ele é um homem correto, trabalhador, que vem sofrendo há muito tempo com essa situação. Existem muitas outras pessoas que foram indiciadas no inquérito policial que deveriam estar no banco dos réus: o MP, os bombeiros, a prefeitura", diz.


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