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Estado de Minas ACESSIBILIDADE

Autista tem cão barrado no metrô: 'Até quando terei direitos negados?'

Arthur estava acompanhado de Atlas, seu cão de serviço, e teve seu acesso dificultado mesmo com toda a documentação exigida


22/11/2021 08:16 - atualizado 22/11/2021 08:24

Jovem autista ao lado de seu cão de serviço
(foto: Arquivo Pessoal)
Neste sábado (20/11), por volta das 12h, um jovem que tem Transtorno do Espectro Autista (TEA) tentou entrar na Estação Central do Metrô-DF, na Rodoviária do Plano Piloto, acompanhado de seu cão de serviço, como já havia feito diversas vezes, e foi barrado por seguranças do local.

Nas redes sociais, o adestrador Arthur França, 22 anos, contou que agentes do metrô-DF impediram seu acesso por ele estar acompanhado de Atlas, um cachorro da raça pastor belga malinois. Inicialmente, ele foi impedido de entrar no elevador.

O segurança teria dito que o animal não poderia subir. O homem, que passa mal ao subir e descer escadas, disse ser deficiente e ter acesso protegido por lei e mostrou a documentação. O segurança não aceitou, mas Arthur entrou mesmo assim.

Ao chegar nas catracas da estação, nova dificuldade. Arthur foi barrado por outro agente que pediu sua identificação. Depois de mostrar o RG, o crachá e o cartão de vacinação de de Atlas, um papel com a Lei 6.637 de 2020 e seu laudo médico, o usuário continuou tendo sua entrada impedida.

Ele conta que o segurança disse que as leis que amparam Arthur, como o Estatuto da Pessoa com Deficiência, não se sobrepõe às normas do metrô e fotografou tanto o cão quanto os documentos.

Em entrevista ao Correio, o adestrador conta que depois do diálogo e de questionamentos em tom negativo, conseguiu entrar. "Acho que só consegui embarcar porque já tinha passado o cartão. Ele chegou a dizer que eu seria barrado outras vezes".

Por meio de nota, o Metrô-DF informou que Arthur não foi impedido de entrar no sistema.
"Como o Regulamento de Transporte de Tráfego e Segurança (RTTS) não prevê transporte de cão de serviço, mas de cão guia, o segurança precisou checar as informações com a área responsável. Por esse motivo, o usuário precisou aguardar na linha de bloqueio por cerca de 20 minutos. Posteriormente, o embarque foi autorizado. A Companhia informa ainda que a equipe está sendo orientada para que o atendimento a casos análogos tenham respostas mais ágeis".


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