
Fontes policiais informaram ao Correio que Macarrão deixou o Complexo Penitenciário da Papuda há poucos dias. Na noite desta sexta-feira, quatro homens em um carro efetuaram diversos disparos de arma de fogo contra Wesley, que morreu na hora. O crime aconteceu em uma loja de acessórios da região. Procurado pela reportagem, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) respondeu que atendeu a ocorrência e encontrou o homem com múltiplas perfurações. A perícia foi acionada.
Em junho de 2013, a Polícia Civil do DF deflagrou uma mega-operação após 15 meses de investigação e prendeu oito pessoas, incluindo Macarrão. Um caminhão que carregava 110kg de drogas avaliadas em mais de R$ 5 milhões foi interceptado. Na época, essa foi a maior apreensão de cocaína do tipo "escama de peixe" do DF. Wesley era o cabeça do grupo, segundo as investigações, e acumulava passagens por corrupção de menores e roubo.
"Ficamos 18 meses na cola dele para conseguir pegar. Era uma pessoa muito inteligente e articulada. Ele chegou a comprar um caminhão, um Scania, para transportar a droga. Criou nesse veículo um compartimento secreto no terceiro eixo. Nesse compartimento, pegamos 120kg de cocaína pura (escama de peixe) e R$ 300 mil", afirmou, ao Correio, o delegado titular da Cord, Rogério Henrique Rezende.
O Correio apurou que o traficante havia sido beneficiado com o saidão e estava cadastrado para trabalhar na loja de acessórios onde foi assassinado. Segundo fontes ouvidas pela reportagem, Wesley estaria procurando uma caminhonete para roubar e trocar por cocaína, de modo a voltar para o tráfico. Wesley foi assassinado por uma pistola com seletor de raja, tipo de arma que é característica de organização criminosa.
Responsável por envio de drogas
Wesley também era o responsável por 50% da cocaína que entrava no Distrito Federal. Era ele quem tinha contato com fornecedores e providenciava a venda do entorpecente em Brasília, assim como traçava as rotas e contratava motoristas.
Em 2014, ele foi condenado à maior pena do DF e pegou 45 anos e 9 meses de prisão. Os comparsas, incluindo três mulheres, sendo uma a irmã de Wesley, também foram sentenciados pela 3ª Vara de Entorpecentes do DF. Somadas, as penas do grupo chegam a 225 anos de cadeia.
