
Assis vacinou ‘a mulher da vida dele’ na semana, mas ela não faz parte do grupo prioritário da primeira fase de vacinação. Pires do Rio recebeu apenas 280 doses e as autoridades estão investigando se outras pessoas também ‘furaram a fila’ para serem vacinadas.
Logo após a repercussão do caso, o secretário de Saúde fez um vídeo e pediu desculpas, inclusive para Deus. Ele afirmou que a mulher o acompanha em todas as unidades de saúde e se tornou ‘praticamente uma voluntária’ do serviço.
Completou dizendo que a atitude foi “com intuito de resguardar e preservar a saúde e a vida da mulher da minha vida. Sou capaz de dar minha própria vida por ela”.
MP investiga o caso
Em seguida, o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) informou que pediu à Justiça que ele fosse afastado por 60 dias do cargo. A decisão foi favorável ao afastamento de Assis e, apesar do pedido de exoneração, ele continuará sendo investigado.
Desde o episódio dessa ‘furada’ de fila e outras que estão sendo investigadas em Goiás, o MP-GO passou a ter acesso ao cadastro de pessoas vacinadas contra a COVID-19 no estado, para cruzar os dados com os nomes de quem faz parte dos grupos prioritários e identificar quem está cometendo o crime.
Para a reportagem do G1 Goiás, a subprocuradora-geral do MP-GO, Laura Maria Ferreira, disse que as ‘carteiradas’ não podem acontecer para furar fila e isso é caracterizado como abuso de autoridade.
*Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina