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Estado de Minas Coronavírus

COVID-19: Grandes cidades do país começam a registrar lotação de leitos

Municípios em São Paulo e Amazonas já têm mais de 90% dos espaços de internação ocupados com pacientes


05/01/2021 19:43

Falta de leitos vira problema no enfrentamento à pandemia(foto: Breno Esaki/Agencia Saude - 10/7/20)
Falta de leitos vira problema no enfrentamento à pandemia (foto: Breno Esaki/Agencia Saude - 10/7/20)
Na primeira semana de 2021, algumas cidades do país sofrem com lotação dos leitos destinados ao tratamento da Covid-19. Como é o caso de Manaus (AM) e Guarulhos (SP), cuja taxa de ocupação já passou dos 90% nas respectivas redes municipais. Em boa parte das demais cidades, há um aumento de casos que já começa a alterar significativamente os números.

Nesta segunda-feira (4/1), a ocupação nos hospitais públicos de Guarulhos, na Grande São Paulo, chegou a 93,4%. A ocupação dos leitos municipais dos municípios do estado de São Paulo como um todo, tanto de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) quanto de enfermaria, está em 62%, em média.
 
Situação parecida com a vivenciada em Manaus (AM), que teve aumento acelerado de hospitalizações nas duas últimas semanas. Os hospitais particulares da capital do estado estão sem leitos exclusivos para Covid-19, o que causou um aumento na demanda para a rede pública.

Na segunda (4/1), a taxa de ocupação dos leitos de terapia intensiva chegou a 92% na capital do Amazonas. O alto número de internações fez com que algumas macas ficassem nos corredores dos hospitais e diversas unidades de saúde sofreram com a impossibilidade de adotar o distanciamento entre pacientes. Também os profissionais de saúde ficaram sem local adequado para descanso e sem refeitório.
 

Problema é geral pelo país  


Contudo, não somente Amazonas e São Paulo sofrem com o problema, o estado da Bahia possui 58% do total de leitos ocupados. Ao todo, o estado registrou 4.302 casos ativos até o começo desta semana e o total de 9.246 óbitos desde o começo da pandemia. Já o estado do Maranhão possui, na capital, São Luís, 49,44% dos leitos de UTI e 43,70% dos leitos clínicos ocupados. O cenário é mais positivo no interior do estado, que possui 25,56% de leitos clínicos e 13,59% de leitos para UTI sob ocupação.

Já no Distrito Federal, a atual ocupação atingiu 57,5%. Nesse contexto, a Secretaria de Saúde explicou o motivo de ter desmobilizado o Hospital de Campanha Mané Garrincha. A decisão se deu devido ao prazo contratual que era improrrogável, mas ressaltaram que a capital do país possui estrutura para lidar com a situação do novo coronavírus. “Contamos ainda com o Hospital de Campanha da PM (Polícia Militar), que possui 80 leitos de UTI. Está em fase de finalização o Hospital de Campanha de Ceilândia, que deve entrar em funcionamento até o fim deste mês, com mais 40 leitos de enfermaria e 20 com suporte de ventilação mecânica, para os casos mais graves”, declara.

Outros estados também foram contatados, mas não responderam sobre os leitos disponíveis nos hospitais até a publicação desta matéria. Ao todo, segundo dados do Ministério da Saúde, já são 196.561 óbitos e 7.753.752 casos confirmados de Covid-19. Um total de 681.961 pessoas estão em acompanhamento.

Manter os cuidados

Werciley Júnior, infectologista e chefe da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Santa Lúcia, explica que ainda é cedo para afirmar que a razão do aumento do número de casos é devido às festas de fim de ano. “Em geral, leva-se 14 dias para ocorrer a manifestação dos sintomas, mas estamos apreensivos porque sabemos que a consequência das festas de fim de ano ainda vai chegar. A tendência dos próximos dias é ter um aumento do número de casos e internações”, explica.

O especialista também pontua que as unidades de saúde podem sofrer pressão devido ao aumento da procura de tratamento de doenças comuns. “Isso pode diminuir a possibilidade de manobra que tivemos no começo da pandemia; além disso, vamos embarcar na segunda onda sem termos tido nenhuma diminuição sensível dos casos”.

Por isso, Júnior ressalta a importância de se manter os cuidados básicos, como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos. “Vamos ter que conviver com o coronavírus ainda por um tempo. Mesmo com a vacina próxima, leva-se tempo para um número realmente grande ser vacinado e alcançarmos a imunidade de rebanho. Por isso, os cuidados continuam necessários”.

*Estagiários sob a supervisão de Ed Wanderley


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