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Estado de Minas COVID-19

Cientistas citados em plano federal de vacinação não reconhecem documento

Entre os profissionais que assinam o plano, 36 alegam não ter sido consultados e cobram ampliação do grupo prioritário apontado no documento


12/12/2020 22:09 - atualizado 12/12/2020 23:06

Trinta e seis cientistas citados no Plano Federal de Vacinação entregue este sábado ao STF afirmam que não foram consultados pelo Ministério da Saúde(foto: Graeme Robertson/ AFP/ POOL )
Trinta e seis cientistas citados no Plano Federal de Vacinação entregue este sábado ao STF afirmam que não foram consultados pelo Ministério da Saúde (foto: Graeme Robertson/ AFP/ POOL )
O plano de imunização contra a COVID-19 apresentado pelo governo federal traz o nome de quase 150 pesquisadores que teriam colaborado com a elaboração do programa. Porém, 36 dos profissionais citados pelo Executivo alegam não ter tido acesso ao documento e cobram medidas mais abrangentes de vacinação. Entre elas, a ampliação dos grupos prioritários que terão direito à imunização gratuita, além da aquisição de mais vacinas pelo governo federal.



"Nos causou surpresa e estranheza que o documento no qual constam os nomes dos pesquisadores deste grupo técnico não nos foi apresentado anteriormente e não obteve nossa anuência. Importante destacar que o grupo técnico havia solicitado reunião e manifestado preocupação pela retirada de grupos prioritários e pela não inclusão de todas as vacinas disponíveis que se mostrarem seguras e eficazes", afirmaram os cientistas, em nota técnica publicada neste sábado (12/12).

Os profissionais pediram "que todas populações vulneráveis sejam incluídas na prioridade de vacinação, como indígenas, quilombolas, comunidades reibeirinhas, privados de liberdade e pessoas com deficiência", além de outros grupos populacionais já incluídos e apresentados no plano inicial do governo".

O texto pede ainda que o governo considere estender a imunização gratuita contra a COVID-19 aos trabalhadores da educação e aos trabalhadores essenciais, que não pararam de trabalhar na pandemia.

Entre neste sábado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o plano de imunização não contempla os presidiários, que constavam nas primeiras versões da campanha. Quilombolas, ribeirinhos e pessoas com deficiência também ficaram de fora.

O Ministério da Saúde pretende priorizar os idosos, os profissionais de saúde, pessoas com comorbidades, professores do ensino fundamental ao superior, profissionais das forças de segurança e salvamento e os funcionários do sistema prisional. O plano divide esse pessoal em quatro grupos e não estabelece data para o início da aplicação da vacina.

Vacinas

O plano do governo prevê a compra das vacina de Oxford, da Pfizer e do Covax Facility -  consórcio da Organização Mundial da Saúde (OMS). O documento, no entantok, promete a "aquisição de toda e qualquer vacina que adquira registro de forma emergencial ou regular que apresente eficácia e segurança para a população brasileira". Por isso, cita outras 13 vacinas como "candidatas" à compra. Entre elas está a Coronavac, da chinesa Sinovac, que virou alvo de disputa entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governo de São Paulo, João Doria (PSDB).


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