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Estado de Minas PANDEMIA

Ministério da Saúde não pretende endurecer restrições para agir contra 'segunda onda' de COVID

O chefe da Saúde, Eduardo Pazuello, tem dito a interlocutores que, apesar do aumento de casos em alguns locais, não espera a mesma proporção de mortes do começo da pandemia


19/11/2020 18:14 - atualizado 19/11/2020 18:38

General Eduardo Pazuello(foto: Agência Brasil/Reprodução)
General Eduardo Pazuello (foto: Agência Brasil/Reprodução)
O Ministério da Saúde não pretende endurecer as restrições sociais para o controle da pandemia da COVID-19 mesmo com o aumento no número de casos em algumas regiões do país. Segundo o jornal "O Estado de S. Paulo", o alerta somente será disparado quando houver alta consistente no número de mortes.

Segundo fontes ouvidas pelo jornal, além do reforço na estratégia de testes, alguns secretários de estado cobram garantias de leitos exclusivos para o tratamento do vírus. Isso porque o estado de calamidade que garante a verba para a Saúde acaba no dia 21 de dezembro. No orçamento de 2021, não há previsão de dinheiro extra para financiar o combate à pandemia.

Ainda segundo o jornal, nesta semana militares da Saúde telefonaram para secretários e fizeram perguntas sobre o aumento das mortes. No final das conversas, eles encerraram com a certeza de que os números mais elevados eram reflexo do represamento de dados.

Segundo apurou o Estadão, o chefe da Saúde, Eduardo Pazuello, tem dito a interlocutores que apesar do aumento de casos em alguns locais, não espera a mesma proporção de mortes do começo da pandemia. 

O general afirma que é preciso observar o comportamento do "novo ciclo" da doença na Europa para compreender o possível recrudescimento da pandemia no Brasil. Ele analisa que o correto é avaliar a doença em "ciclos" em vez de "ondas". 

Pazuello também argumenta que o tratamento do coronavírus avançou, mesmo sem cura ou vacina. 

A saúde na pandemia

Liderada por Pazuello, a pasta da Saúde adotou postura reticente na pandemia. Alinhado com o discurso do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o ministério segue o posicionamento de não impor medidas para restringir a circulação de pessoas, fechamento de comércios e lockdown.

O ministério também abandonou as “metas essenciais” para o controle da pandemia. Entre elas, a realização de 24,3 milhões de testes PCR no Sistema Único de Saúde (SUS). A rede pública fez até agora apenas 4,8 milhões desses exames, ou seja, cerca de 20% do previsto.

Formada principalmente por militares, a cúpula da Saúde ainda aguarda posição do Palácio do Planalto para se manifestar sobre o recrudescimento da doença em algumas regiões do país.
 
*Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie. 


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