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Estado de Minas GERAL

Projeto de cápsula contra COVID de grupo de Manaus é oferecido gratuitamente

projeto já é usado em mais de 50 municípios do Amazonas e, atualmente, tem sido adotado em algumas cidades de Roraima, Pará, Acre e Mato Grosso, Estado onde o Senai local assumiu sua produção


10/08/2020 15:27 - atualizado 10/08/2020 18:38

Capsula recebeu o nome de
Capsula recebeu o nome de "Vanessa" em homenagem à primeira paciente de Manaus que precisou ser entubada e se recuperou do coronavírus (foto: Divulgação)

Uma cápsula montada com peças de PVC e coberta com plástico transparente tem desempenhado um papel crucial no tratamento de pacientes com COVID-19, ao servir como barreira de proteção a profissionais de saúde e permitir a realização de ventilação não-invasiva, ao impedir a dispersão de gotículas no ambiente.

 

O equipamento criado por uma equipe de fisioterapeutas do Grupo Samel, empresa de plano de Saúde de Manaus (AM), em parceria com o Instituto Transire, tem custo de aproximadamente R$ 450 por unidade. A estrutura do equipamento conta com um sistema de exaustão e filtros antivirais e antibacterianos que renovam o ar e criam um ambiente de pressão negativa em seu interior.

A pressão criada pelo sistema impede a saída de aerossóis, quando o zíper é aberto para a realização de procedimentos médicos. Sua utilização tem ajudado, conforme o caso, a substituir a intubação orotraqueal precoce, reduzindo o uso de respiradores e a possibilidade de infecções.

Com o propósito de compartilhar a aplicação da cápsula, a empresa tem oferecido treinamento gratuito para qualquer instituição que quiser replicar o modelo, informação sobre sua montagem e utilização.

O projeto já é usado em mais de 50 municípios do Amazonas e, atualmente, tem sido adotado em algumas cidades de Roraima, Pará, Acre e Mato Grosso, Estado onde o Senai local assumiu sua produção. Há ainda aplicação em Itapema, Brusque e Camboriú, em Santa Catarina; Itú e Salto, em São Paulo; e Barbacena em Minas Gerais, por meio de uma parceria com o Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais. A criação também já chegou a algumas localidades da Bolívia.

"Nós começamos a utilizá-la no momento em que o paciente chega ao hospital e os resultados foram muito bons, com uma redução significativa do tempo de hospitalização, de 15 para 7 dias, e uma taxa de intubação de menos de 5%", explica, lembrando que seu uso não elimina, no entanto, o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), por parte dos profissionais de saúde. Essa redução foi a chave para manter a disponibilidade de leitos hospitalares e, com isso, evitar o colapso do sistema de saúde.

A "cápsula Vanessa" (https://capsulavanessa.samel.com.br/) recebeu este nome em homenagem à primeira paciente de Manaus que precisou ser entubada e se recuperou do coronavírus. A equipe, sensibilizada por ver uma paciente jovem passar por um tratamento tão agressivo, decidiu desenvolver a cápsula. Como suas especificações são abertas, quem quiser pode construí-la a um custo de cerca de R$ 450 por unidade.

"Neste momento, estamos reforçando este nosso compromisso de ajudar, sem custos, quem quiser utilizar a cápsula, cujo projeto já é aberto", diz o presidente do Grupo Samel, Luis Alberto Nicolau.

Segundo Daniel Fonseca, médico e diretor técnico do Grupo Samel, o equipamento não dispensa o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) pelos profissionais de saúde, mas tem resultado efetivo para ajudar a manter a disponibilidade de leitos hospitalares e evitar o colapso do sistema de saúde.


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