
MC Atrevida fez uma lipoescultura para retirar gordura das costas e injetar nos glúteos em 16 de julho. Dez dias depois, ela chegou ao Hospital Municipal Evandro Freire, na Ilha do Governador, com fortes dores e foi encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em estado grave, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio.
Na última segunda-feira, 17, ela não resistiu e faleceu. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico-Legal (IML). De acordo com o delegado que investiga o caso, André Neves, o laudo aponta que a morte da funkeira foi por septicemia subcutânea, que deu origem a uma infecção generalizada causada por inflamação na pele. O caso é investigado pela 37ª Delegacia Policial da Ilha do Governador.
A dona da clínica, Wania Tavares, que se autointitula como “Rainha das Plásticas”, disse em uma live no Instagram que está tranquila quanto ao caso. “Eu estou com a minha consciência super tranquila quanto ao procedimento, que foi feito corretamente”, se defendeu.
Em nota, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica informou que o médico que realizou o procedimento não é associado e não possui título de especialista em cirurgia plástica.
Dicas para procedimentos estéticos
De acordo com o cirurgião plástico Fernando Amato, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, a primeira medida que as pessoas devem tomar antes de fazer o procedimento estético é pesquisar sobre o médico.
“É importante verificar os registros profissionais de quem vai realizar a cirurgia. No site da SBCR e em outras páginas regionais é possível pesquisar sobre o médico, se ele tem a especialidade cadastrada”, explica.
Além disso, ele também reforça que as pessoas não devem se guiar por mídias sociais. “O procedimento de lipoaspiração que a funkeira MC Atrevida fez, é seguro. Pode surgir complicações com médicos despreparados”, acrescenta.
*Estagiária sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz
