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Estado de Minas FALA OFENSIVA

Nise Yamaguchi se desculpa por 'interpretações errôneas' de comentário

Médica fez uma analogia entre o medo que a população sente da pandemia e a situação dos judeus na época do holocausto


postado em 12/07/2020 22:09

Médica disse que interpretaram sua fala de maneira 'errônea'(foto: Reprodução/YouTube)
Médica disse que interpretaram sua fala de maneira 'errônea' (foto: Reprodução/YouTube)
Após ter sido afastada das atividades do Hospital Israelita Albert Einstein e procurado a imprensa para criticar a medida, a médica Nise Yamaguchi divulgou nota, por meio de sua assessoria jurídica, neste domingo (12/7), se desculpando por qualquer comentário ofensivo à comunidade judaica, ainda que, segundo ela, seja proveniente de uma "interpretação errônea". 

"Suas palavras, objeto de interpretações não condizentes com suas convicções, foram manifestadas no intuito de expressar a maior dor que ela conhece", explica a nota, que deixa um pedido de desculpa ao final do texto "por expressões outras e interpretações errôneas sobre assuntos sensíveis ao grande sofrimento judaico que envolveram seu nome, pois é solidária à dor dessa ilustre comunidade como a maior das atrocidades de nossa história ocidental". 

O discurso considerado ofensivo pela direção do Hospital Albert Einstein se trata de uma comparação feita pela médica da instituição durante uma entrevista à TV Brasil, veiculada no domingo passado. Na ocasião, Nise fez uma analogia entre o medo que a população sente da pandemia e a situação dos judeus na época do holocausto. 

"O medo é prejudicial para tudo. Em primeiro lugar, te paralisa, te deixa massa de manobra. Qualquer pessoa, você pega... Você acha que alguns poucos militares nazistas conseguiriam controlar aquela massa de rebanho de judeus famintos se não submetessem diariamente a humilhações, humilhações e humilhações, tirando deles todas as iniciativas?", comparou a pesquisadora, com a tentativa de pregar um viés otimista para o enfrentamento da crise de saúde.  

O discurso incitou a avaliação por parte do comitê de ética institucional e, até que as investigações fossem finalizadas, a médica seria impedida de receber novos pacientes pelo hospital. No entanto, Nise interpretou a medida como uma forma de cercear o posicionamento e autonomia médica, já que ela é uma das principais defensoras do uso da hidroxicloroquina para tratamento contra covid-19.

Por isso, ela recorreu à imprensa para expressar sua opinião em relação ao ocorrido. Ao SBT Brasil, ela declarou que “eles [Hospital Albert Einstein] acreditam que a minha fala em prol da hidroxicloroquina não tem fundo científico e denigre o hospital, porque todo mundo relaciona a minha presença à imagem do hospital.”

Na nota, a assessoria jurídica da médica afirma que Nise agradece às “inúmeras manifestações de apoio e solidariedade de todos aqueles que compreendem a importância da discussão da hidroxicloroquina em tratamento precoce do covid – 19” e que ela tem orgulho em pertencer à equipe do Albert Einstein. 

O caso de Nise deve começar a ser avaliado nesta segunda-feira (13/7). “A expectativa do hospital é a de que o incidente tenha a melhor e mais célere resolução, de modo a arredar dúvidas e remover desconfortos”, disse o hospital, em nota à imprensa emitida neste sábado (11/7).


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