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Estado de Minas GERAL

Fuga de ladrões de ouro foi definida 48h antes

Estacionamento na zona leste de São Paulo foi escolhido pelo terceiro preso, suspeito de participação no assalto milionário, para troca dos carros


postado em 30/07/2019 07:47 / atualizado em 30/07/2019 10:29

(foto: Reprodução/câmera de segurança)
(foto: Reprodução/câmera de segurança)

O local usado para o transbordo de mais de R$ 100 milhões em barras de ouro, roubadas na quinta-feira do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, foi definido pelo menos 48 horas antes do crime, segundo investigação da Polícia Civil.

O terceiro preso por suspeita de participar do assalto é acusado de ter definido o local para intermediar a fuga: um estacionamento na Vila Siqueira, região do Jardim Pantanal, zona leste de São Paulo.

O pintor Célio Dias, de 45 anos, trabalha aos fins de semana no estacionamento, que atende clientes de um forró do bairro, ganhando R$ 100 por dia. Ele foi preso no domingo, dia 28. Um técnico de manutenção de 40 anos, chegou a ser detido com ele, mas foi liberado após depoimento.

As declarações passadas por essa testemunha é que sustentaram a acusação contra Dias. À polícia, a testemunha disse que, na terça-feira, dia 23, Dias pediu autorização para deixar o estacionamento para veículos "de alguns colegas dele". No dia do crime, ele teria aberto os portões para três veículos. Para a polícia, Dias participou do planejamento do crime.

Após usar veículos que imitavam carros da Polícia Federal para entrar na área de embarque de cargas do aeroporto, a quadrilha dominou funcionários e, em dois minutos, saiu com a carga de ouro.

Na fuga, os carros foram abandonados no Jardim Pantanal e trocados por caminhonetes. Essas caminhonetes, depois, foram achadas pela polícia no estacionamento.

Dias foi detido em flagrante por posse de munição de fuzil. Ao decretar a prisão preventiva, o juiz Fábio Pando de Matos destacou que foi achada "munição de poderosíssima arma de fogo, de grosso calibre, utilizada em guerras". Segundo a sentença, a polícia relata que, após vistoria, encontrou debaixo de um ônibus no estacionamento um carregador de fuzil com 31 munições calibre 7,62 além de sacola com cinco luvas avulsas e dois gorros pretos.

Kaled Lakis, advogado de Dias, diz que ele é inocente. "A prisão só foi mantida pelo clamor popular." Ele argumenta que os principais indícios contra o preso vêm do dono do estacionamento, que é quem teria mais condições de usar o local.

Outros detidos


O primeiro preso pela polícia é um funcionário da Infraero, Peterson Patrício, de 33 anos. Inicialmente, ele disse à polícia que sua família havia sido sequestrada pelos bandidos, que forçaram sua participação no crime, mas os policiais não acreditaram. O segundo preso é Peterson Brasil, que seria amigo de Patrício.


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