Se você encontrar guardas civis metropolitanos usando patinetes elétricos nas Avenidas Paulista e Brigadeiro Faria Lima ou no Elevado João Goulart, o Minhocão, não estranhe - este é mais um modo de patrulhar essas regiões. Doze equipamentos do tipo passaram a ser usados ontem nessas três regiões.
"São áreas de grande concentração desses veículos. O patinete é mais uma ferramenta de deslocamento do guarda, que, com a sua presença, tende a inibir a prática de crimes nessas localidades", disse José Roberto Oliveira, secretário municipal de Segurança Urbana.
A Prefeitura aguarda a chegada de mais 30 patinetes. Os equipamentos, doados por empresas, serão identificados com as cores da Guarda Civil Metropolitana (GCM). A parceria tem validade de 36 meses. "É mais uma forma que agora a GCM tem para fazer as rondas pela cidade", afirmou o prefeito Bruno Covas (PSDB).
Segundo Covas, as regras de circulação dos patinetes elétricos na capital serão publicadas até junho. Pela lei, os equipamentos não podem passar de 20 km/h em ciclovias e ciclofaixas e de 6 km/h nas calçadas, de acordo com regra do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Porém, cabe aos órgãos e às entidades de trânsito representativas das cidades e do Distrito Federal regulamentar o uso.
Os veículos começaram a ser vistos nas ruas de São Paulo em agosto de 2018, com a entrada de empresas de compartilhamento, e desde então a circulação tem crescido. Na semana passada, o Estado mostrou que em menos de um ano os patinetes chegaram a pelo menos 13 cidades brasileiras - 10 delas, capitais -, e hoje apenas a Região Norte não conta com o serviço.
As prefeituras, no entanto, não acompanharam a velocidade com que as empresas entraram nos municípios e, enquanto as operadoras atuam sem pagar pelo uso das vias, as gestões discutem regras do equipamento no espaço público.
Em São Paulo, a gestão vem conversando com outras prefeituras, como as de Nova York e Paris, para analisar as experiências. A gestão Covas já manifestou intenção de vetar os patinetes nas calçadas. Outra questão são os estacionamentos, chamados de pontos ou estações, instalados em locais particulares.
As empresas argumentam que os pontos ocupados pertencem a elas, aos comércios e às bancas de jornal, seus principais parceiros. A Prefeitura já identificou irregularidades e chegou a recolher patinetes estacionados em locais que atrapalhavam os pedestres. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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