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Estado de Minas

Após assalto, brasileiros atacam acampamento de venezuelanos em Roraima

Tumulto ocorreu na cidade de Paracaima, um dia depois de um comerciante brasileiro ficar gravemente ferido durante um assalto


postado em 18/08/2018 17:46

(foto: Reprodução)
(foto: Reprodução)


Acampamentos de imigrantes vindos da Venezuela foram destruídos por brasileiros na manhã deste sábado (18/8), em Pacaraima (RR), na fronteira com o país vizinho, que sofre com uma crise humanitária e econômica.

Imagens de vídeo mostram brasileiros destruindo barracas e pertences das centenas de venezuelanos acampados nas ruas da cidade, depois de cruzarem a fronteira. Roupas, colchões e outros objetos foram amontoados no meio da rua e queimados.

De acordo com a Polícia Militar de Pacaraima, os ataques ocorreram após um assalto a um comerciante brasileiro, na noite de sexta-feira (17/8). O fato "gerou um descontentamento de alguns moradores" e, por isso, moradores fizeram uma "manifestação com atos de violência e destruição de acampamentos de imigrantes situados em alguns locais públicos", informou a corporação em nota.

Em estado grave


Em um dos vídeos, um homem não identificado diz que o comerciante era boa pessoa e que, para os venezuelanos, "agora vai ser assim" (veja abaixo). Raimundo Nonato de Oliveira, 55 anos, foi atacado quando chegava em casa e sofreu uma lesão na cabeça, possivelmente causada por uma paulada.

Ele foi socorrido pela equipe médica de plantão do Hospital Délio de Oliveira Tupinambá e encaminhado a Boa Vista em estado grave. De acordo com um último boletim de ocorrência, ele já se encontra em situação estável.

O governo do estado informou que policias militares foram enviados para conter as manifestações de violência no local. Em nota, a Força-Tarefa disse que deslocou parte da equipe médica para o Hospital Délio de Oliveira Tupinambá para apoiar eventuais casos, em consequência da manifestação.

Composta pelas Forças Armadas e integrada por Organismos Internacionais, Organizações Não Governamentais e entidades civis, a Força-Atarefa afirmou que "repudia atos de vandalismo e violência contra qualquer cidadão, independentemente de sua nacionalidade".


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